Quando a gente pensa que o assunto Romário já está esgotado, aparece uma novidade. O que acontece é que tanto Felipão quanto o jogador são ótimos marqueteiros. Alimentam a imprensa como quem não quer nada. Acaba virando um bate-boca público. Cada um usando seus pobres argumentos e mandando seu recado.
Bastou o técnico da Seleção dizer que o Vasco inteiro joga para Romário fazer gols e o artilheiro respondeu que o treinador está por fora. Só na Seleção, sem os companheiros do Vasco e sem ninguém girar em função do seu estilo, Romário tem oitenta gols. Só perde para Pelé. É um argumento irrefutável.
Felipão esgoelou outro dia que com ele. Na Seleção, jogador atuando como titular ou na reserva, tem que ser o mesmo. Otimista, simpático, colaborador. Para usar o termo do jogador: “P... nenhuma, na reserva eu não fico”. E assim os dias vão passando, a hora da Copa chegando e Romário de fora.
Um dirigente que sabe das coisas me disse que Romário vai para a Copa; mas não será convocado para nenhum amistoso. Vai ser incluído na lista final dos 23, e ponto final. Com um porém. Tudo depende da recuperação de Luizão e Ronaldo.
Se o ex-corintiano arrebentar no Grêmio estará garantido. Felipão gosta dele. Ronaldo nem se fala. Basta não se machucar e será escalado para a Copa. Se essa tese não vingar, a vaga será de Romário. Como se vê, parece mais jogo de xadrez. Nesse caso, o procedimento de Felipão não será profissional. Técnico que quer agir politicamente esquece de treinar o time. E a Seleção Brasileira está precisando de muito treino.