Afinal, o que sobrou de bom, de positivo, da vitória do Brasil sobre a
Turquia? Depende. Acho que do ponto de vista da torcida brasileira, começar
vencendo sempre é bom.
O torcedor, de imediato, raciocina em função da vitória e ponto final. Até
aí, nada demais, fala mais alto a emoção, e estamos conversados.
Outra coisa bem mais difícil, é fazer o papel de cara antipático, do qual se
reveste o comentarista esportivo. A tendência é ver logo os problemas, os
defeitos do time. Depois, as qualidades. Claro, a obrigação do jornalista é
projetar para o futuro a maneira como a Seleção venceu. Mais ou menos assim:
se a equipe brasileira jogar contra a Alemanha, a Itália, a Argentina, a
França, o que acabou de jogar, será possível a vitória? Para quem acompanha
o futebol de forma mais atenta fica claro que não. Porque afinal, o que
interessa a qualquer um é ver o Brasil entre os quatro finalistas. Depois,
se possível, a final. Só que para chegar lá é preciso jogar muito melhor.
O time orientado por Felipão, correu muito e jogou pouco. Era fácil perceber
o tremendo esforço individual de cada um. Mas era correria dispersa. Juninho
Paulista ocupa o espaço que deveria ser de Ronaldinho Gaúcho. Inteligente, o
jogador que seria a esperança do Brasil, fugiu para a ponta esquerda, virou,
mexeu e jogou pouco. Não se encontrou, foi substituído.
Os laterais se apresentaram para o jogo, receberam as bolas e não
concluíram.
De bom mesmo, a movimentação de Ronaldo Fenômeno deu a esperança de uma
total recuperação, ou quase.
Acho que o Brasil ganha da China. E Felipão poderá, então, contra a Costa
Rica, formar o time definitivo, com Vampeta e Ricardinho, por exemplo.
A partir daí, a Seleção Brasileira estará completa. Sem contar, é claro, com
o juiz coreano Joo Young Kim, que deu a vitória ao Brasil contra a Turquia
ao marcar um pênalti inexistente sobre Luizão. O juiz trapalhão não deverá
mais apitar nenhum jogo da Copa, afinal, ele já cumpriu a sua missão.