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Juarez Soares
Segunda-feira, 03 Junho de 2002, 13h53
terraesportes@terra.com.br

O que sobrou de positivo?


Afinal, o que sobrou de bom, de positivo, da vitória do Brasil sobre a Turquia? Depende. Acho que do ponto de vista da torcida brasileira, começar vencendo sempre é bom.

O torcedor, de imediato, raciocina em função da vitória e ponto final. Até aí, nada demais, fala mais alto a emoção, e estamos conversados.

Outra coisa bem mais difícil, é fazer o papel de cara antipático, do qual se reveste o comentarista esportivo. A tendência é ver logo os problemas, os defeitos do time. Depois, as qualidades. Claro, a obrigação do jornalista é projetar para o futuro a maneira como a Seleção venceu. Mais ou menos assim: se a equipe brasileira jogar contra a Alemanha, a Itália, a Argentina, a França, o que acabou de jogar, será possível a vitória? Para quem acompanha o futebol de forma mais atenta fica claro que não. Porque afinal, o que interessa a qualquer um é ver o Brasil entre os quatro finalistas. Depois, se possível, a final. Só que para chegar lá é preciso jogar muito melhor.

O time orientado por Felipão, correu muito e jogou pouco. Era fácil perceber o tremendo esforço individual de cada um. Mas era correria dispersa. Juninho Paulista ocupa o espaço que deveria ser de Ronaldinho Gaúcho. Inteligente, o jogador que seria a esperança do Brasil, fugiu para a ponta esquerda, virou, mexeu e jogou pouco. Não se encontrou, foi substituído.

Os laterais se apresentaram para o jogo, receberam as bolas e não concluíram.

De bom mesmo, a movimentação de Ronaldo Fenômeno deu a esperança de uma total recuperação, ou quase.

Acho que o Brasil ganha da China. E Felipão poderá, então, contra a Costa Rica, formar o time definitivo, com Vampeta e Ricardinho, por exemplo.

A partir daí, a Seleção Brasileira estará completa. Sem contar, é claro, com o juiz coreano Joo Young Kim, que deu a vitória ao Brasil contra a Turquia ao marcar um pênalti inexistente sobre Luizão. O juiz trapalhão não deverá mais apitar nenhum jogo da Copa, afinal, ele já cumpriu a sua missão.

 

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