Brasil Campeão do Mundo! Foi tudo como as últimas previsões. Jogo duro. Em campo a força coletiva ortodoxa da Alemanha contra o incontestável
crescimento e confiança da Seleção.
Além disso, o talento e a capacidade
individual do nosso jogador brasileiro. Feita a diferença, fizeram-se os
gols; legítimos, bonitos, criativos. Não houve ajuda, erros de arbitragem,
nada disso.
Foi uma disputa honesta, de nível técnico elevado, como deveriam
ser todos os jogos da Copa do Mundo. Depois do título vem sempre a
inevitável pergunta: "Quem foi o melhor o jogador?" Numa conquista de jogo
coletivo não é justo citar o melhor. Há os melhores. Um time só é campeão
quando todos atingem ou superam o nível mínimo exigido. Desta vez também foi
assim.
Um goleiro que confirmou sua qualidades quando necessário. Uma defesa
eficiente nos últimos jogos que superou dificuldades de entrosamento
coletivo com enorme esforço individual. Dois volantes valentes da marcação e dois laterais destemidos que sempre se apresentaram para dar opção de jogo.
Os três "erres" do ataque trouxeram de novo a alegria de ver o futebol
brasileiro ofensivo, imortal. Esse foi o grande mérito da conquista.
Voltamos às nossas origens. No futebol é assim, uns brilham, outros são
eficientes ou guerreiros. Assim se faz um time, claramente unido em torno do seu treinador. Foi uma Seleção feliz. Na comemoração, depois do jogo, isso ficou claro. Essa não foi uma Seleção raivosa. Não houve ranger de dentes quando Cafu levantou a taça. Ninguém quis a revanche. Não houve respostas mal-educadas. Foi uma Seleção que entendeu ou superou as críticas.
Houve
respeito aos comentários que nem sempre foram favoráveis. Assim são os
campeões.