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Botafogo e Flamengo têm motivos parecidos para reclamar da arbitragem

Critério flexível dos árbitros volta a indignar clubes que disputam o topo da tabela no Campeonato Brasileiro

4 jul 2024 - 10h05
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Jogadores do Botafogo questionam o árbitro após pênalti marcado para o Cuiabá
Jogadores do Botafogo questionam o árbitro após pênalti marcado para o Cuiabá
Foto: Divulgação/Cuiabá

Rivais no cenário estadual, Botafogo e Flamengo colocam novamente a rivalidade à prova, dessa vez na principal competição nacional, disputando a liderança do Campeonato Brasileiro. Clássicos recentes foram marcados por reclamações de arbitragem de lado a lado, mas agora ambos os clubes, embora tenham vencido na rodada, compartilham motivos semelhantes para se queixar do apito.

Do lado botafoguense, John Textor, dono da SAF, voltou a subir o tom contra a CBF após o árbitro Paulo César Zanovelli ter assinalado pênalti a favor do Cuiabá nesta quarta-feira, na Arena Pantanal. Ao revisar o lance no VAR, ele flagrou um empurrão do zagueiro Lucas Halter no atacante Isidro Pitta. “CBF, diga logo as regras para nós. Todo empurrão nas costas dentro da área é pênalti?”, protestou Textor.

O pênalti foi indiscutível. Halter empurra Pitta com as duas mãos nas costas do jogador do Cuiabá, dentro da área. No entanto, a reclamação do Botafogo é sobre a falta de critério da arbitragem, que ignorou infração parecida em favor do time alvinegro na partida diante do Athletico, quando Júnior Santos sofreu carga pelas costas, também dentro da área. O clube ainda contesta a tolerância dos árbitros a entradas violentas. Pelo segundo jogo consecutivo, um jogador botafoguense foi atingido por solada acima do tornozelo e o adversário escapou da devida punição com cartão vermelho.

Já do lado rubro-negro, Tite é quem puxa o coro da indignação contra a arbitragem motivada pela falta de uniformidade dos critérios, mesmo com a vitória por 4 a 2 do Flamengo sobre o Atlético-MG, fora de casa. Quando já vencia por três gols de vantagem, seu time viu o árbitro responsável pelo VAR, Rodrigo D'Alonso Ferreira, sinalizar pênalti de Allan em cima de Vargas, embora o volante flamenguista tenha tocado primeiro na bola.

Na sequência do segundo tempo, Erick Pulgar foi derrubado dentro da área por Otávio, que arrastou o pé de apoio do jogador chileno. Porém, ao contrário do lance a favor do Galo, o VAR dessa vez não recomendou a revisão para marcação da penalidade clara, gerando a revolta da comissão técnica e dirigentes rubro-negros.

Tanto Botafogo quanto Flamengo têm razão em questionar o rigor flexível da arbitragem nesta rodada do Brasileiro. Não somente por disputarem a liderança do campeonato, mas principalmente por um problema crônico que contribui para alimentar as mais variadas teorias da conspiração no futebol nacional, que é a falta de critério do VAR e dos árbitros ao definir o que é (ou não) uma infração.

Fonte: Breiller Pires Breiller Pires é jornalista esportivo e, além de ser colunista do Terra, é comentarista no canal ESPN Brasil. As visões do colunista não representam a visão do Terra.
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