Chaveamento da Libertadores fortalece favorito a quebrar hegemonia brasileira
Sorteio define encontro entre Botafogo e Palmeiras logo nas oitavas de final, que ainda espera por definição em grupo do Grêmio
Já são cinco anos consecutivos de soberania do Brasil na Copa Libertadores. O último campeão “estrangeiro” foi o River Plate, que desbancou o rival Boca Juniors em 2018 e, nesta temporada, volta a ser o principal candidato a romper a sina imposta pelos times brasileiros.
Depois do sorteio da fase de mata-mata nesta segunda-feira, a equipe argentina sai fortalecida em sua ingrata missão, com um chaveamento é bastante favorável. Como adversário nas oitavas, o River terá pela frente o competitivo Talleres, que deu trabalho ao São Paulo na fase de grupos, mas não conta com um elenco dos mais qualificados.
Ainda que precise de uma boa dose de transpiração para prevalecer no duelo argentino, sobretudo depois de ter caído para Vélez Sarsfield na mesma fase, em 2022, o time comandado por Martín Demichelis é inegavelmente favorito. Se passar, pega nas quartas o vencedor de Junior Barranquilla x Colo-Colo, que se classificou com apenas seis pontos no grupo do Fluminense.
O atual campeão da América é um dos possíveis adversários do River em uma eventual semifinal, que também pode ter o Atlético-MG, algoz dos argentinos em 2021 — com direito a vitória em Buenos Aires. De qualquer forma, só de ter escapado de adversários brasileiros nos dois primeiros estágios eliminatórios, o clube millonario tem motivos para celebrar o sorteio.
Do outro lado da chave, a coisa é bem mais enroscada. O Flamengo, que reencontra o Bolívar nas oitavas, pode cruzar com o pentacampeão Peñarol ou até mesmo o Grêmio, caso os gaúchos se classifiquem em primeiro no grupo C, o único ainda pendente de definição. A outra perna do chaveamento tem o confronto pesado entre Botafogo e Palmeiras, que determinará o adversário de São Paulo ou Nacional-URU.
Fora o fator sorte, o River Plate também se apega à possibilidade de decidir a Libertadores em casa, já que a final será disputada em Buenos Aires e, muito provavelmente, em seu estádio, o Monumental de Nuñez. Ao contrário do Boca, que perdeu a última decisão para o Fluminense, no Maracanã, os detentores da melhor campanha geral na fase de grupos teriam a força das arquibancadas como mais um trunfo para, enfim, quebrar a hegemonia brasileira na Libertadores.