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James na Colômbia é o inverso de Vini Jr. na seleção brasileira

Enquanto o colombiano brilha na Copa América e decepciona no São Paulo, atacante do Real Madrid segue devendo boa sequência com a amarelinha

3 jul 2024 - 07h48
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Vini Jr. está suspenso após levar cartão por falta em James Rodríguez
Vini Jr. está suspenso após levar cartão por falta em James Rodríguez
Foto: Getty Images

Parece outro jogador. O que James Rodríguez joga pela seleção colombiana é tudo o que o torcedor do São Paulo gostaria de ver com a camisa tricolor. Grande destaque da fase de grupos da Copa América, o camisa 10 voltou a ter desempenho acima da média no empate contra o Brasil, que garantiu o primeiro lugar do grupo à sua equipe.

James conta com uma seleção que gira em torno de seus pés, e não o contrário, como no São Paulo. Respaldado no meio-campo pelos dinâmicos Lerma, Arias e Richard Ríos, e cercado de atacantes que correm o tempo todo, como Luis Díaz, Córdoba e Borré, o craque tem o conforto de eventualmente dosar o gás na marcação.

Nem por isso ele deixa de marcar. Terminou a partida contra o Brasil com quatro desarmes, deu carrinho, foi combativo na saída de bola. Uma versão que, em quase um ano de São Paulo, nunca foi vista no clube, onde peca justamente pela falta de entrega na recomposição e a baixa intensidade de jogo.

A torcida na Colômbia o trata como um dos maiores ídolos da história do país, ainda apegada à inesquecível Copa do Mundo de 2014. Vestindo a camisa da seleção, James se sente confortável, importante – cobrador oficial de faltas e escanteios – e, mais do que tudo, protagonista, liderando pelo exemplo e fazendo valer o esforço de seus companheiros para que jogue solto em campo.

É exatamente o inverso de Vini Jr. pela seleção brasileira. No Real Madrid, é o craque indiscutível do time e melhora a cada temporada. Pelo Brasil, mesmo com a experiência de já ter disputado uma Copa como titular, ainda segue devendo uma boa sequência de partidas.

Depois de ter feito um de seus melhores jogos vestindo a amarelinha na goleada sobre o Paraguai, Vini teve atuação discreta no ataque contra os colombianos. Sofreu um pênalti não marcado pela arbitragem, mas, fora isso, pouco produziu com a bola ou em jogadas individuais. Logo no começo da partida, levou cartão amarelo por uma braçada em James e, suspenso, desfalca a equipe nas quartas de final diante do Uruguai.

Em seu início de trabalho na seleção, Dorival Júnior ainda não conseguiu fazer o que o técnico Néstor Lorenzo tem feito na Colômbia: um time seguro que se molda ao estilo de um craque. Por isso, se classificou em primeiro do grupo e vê sua equipe acumular 26 jogos de invencibilidade. James é outro na seleção, e deveria servir de exemplo para o Brasil não desperdiçar o talento que Vini demonstra em Madri.

Fonte: Breiller Pires Breiller Pires é jornalista esportivo e, além de ser colunista do Terra, é comentarista no canal ESPN Brasil. As visões do colunista não representam a visão do Terra.
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