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Mesmo com Marta no banco, Brasil chega à Copa do Mundo em outro patamar

Seleção feminina é mais confiável do que há quatro anos, embora não esteja entre as favoritas no Mundial

14 jul 2023 - 12h21
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Despedida da seleção antes do embarque para a Copa do Mundo feminina
Despedida da seleção antes do embarque para a Copa do Mundo feminina
Foto: Thais Magalhães/CBF

Faltam 10 dias para a estreia do Brasil, e menos de uma semana para a abertura da Copa do Mundo feminina que será realizada na Austrália e Nova Zelândia. A tendência é que uma imagem cause espanto no torcedor brasileiro logo de cara: Marta no banco de reservas.

Caso a técnica Pia Sundhage mantenha a equipe dos últimos jogos, será a primeira vez que a maior artilheira da seleção começará um Mundial — o sexto de sua carreira — entre as suplentes. Sim, parece estranho, mas a opção da treinadora faz muito sentido.

Aos 37 anos, Marta já não tem o mesmo arranque e explosão física de outros tempos, sem contar que ficou quase um ano se recuperando de grave lesão no joelho. Só voltou a atuar pela seleção em fevereiro.

Enquanto a craque estava fora, o time encorpou sob o comando de Pia. Sem Marta, o Brasil fez grandes jogos contra a Inglaterra, pela Finalíssima (derrota nos pênaltis), e a Alemanha (vitória por 2 a 1), ambas cotadas entre as favoritas do Mundial.

Poupada do último jogo-treino contra a China, Marta já havia sido reserva no amistoso diante do Chile, em Brasília, antes da viagem para a Austrália. Durante seu processo de recondicionamento físico, ela viu a concorrência se consolidar tanto pela faixa central quanto pelos lados do campo, com jogadoras como Kerolin, Ary Borges e Nycole — quase 15 anos mais jovens — em franca ascensão.

Apesar de perder o status de titular absoluta, a rainha do futebol ganha, por outro lado, uma equipe mais sólida e confiável que a de quatro anos atrás, quando o Brasil ainda era comandado por Vadão. Naquela Copa, Marta chegou a ser sacrificada jogando aberta pela direita e obrigada a marcar as subidas de laterais adversárias. Foi assim na partida contra a França, em que a seleção acabou eliminada nas oitavas de final.

As francesas estão novamente no caminho do Brasil, dessa vez na fase de grupos. Com um time rejuvenescido, melhor preparado tanto do ponto de vista físico quanto coletivo, as comandadas de Pia têm condições de ir mais longe na Copa.

Da mesma forma, ainda que na reserva, Marta pode se beneficiar da evolução da equipe. Se será o suficiente para conquistar o tão sonhado título inédito do Mundial feminino, veremos a partir do dia 24 de julho, na estreia contra o Panamá.

Por enquanto só há uma certeza: a nova geração brasileira entrará mais motivada do que nunca para premiar a maior da história com uma despedida à altura de sua carreira.

Fonte: Breiller Pires Breiller Pires é jornalista esportivo e, além de ser colunista do Terra, é comentarista no canal ESPN Brasil. As visões do colunista não representam a visão do Terra.
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