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O golaço das jogadoras LGBTQIA+ na Copa do Mundo feminina

Tratando e expondo relacionamentos homoafetivos com naturalidade, atletas dão exemplo ao desconstruir preconceito

1 ago 2023 - 13h43
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Marta posa com a namorada Carrie Lawrence
Marta posa com a namorada Carrie Lawrence
Foto: Reprodução/Instagram

Maior jogadora de todos os tempos, Marta tem uma legião de fãs dentro e fora do Brasil, mas ninguém tem demonstrado torcida mais fiel por ela durante esta Copa do Mundo feminina que sua namorada e também companheira de clube, Carrie Lawrence. A zagueira do Orlando Pride compartilha posts e imagens de incentivo à craque brasileira, a quem chama carinhosamente de “minha xixinha”.

Não deixa de ser um acontecimento marcante ter a grande referência do futebol feminino expondo seu relacionamento homoafetivo para o mundo, que se torna ainda mais relevante quando outras atletas LGBTQIA+ falam abertamente sobre sua orientação sexual e diversidade, marcando um golaço na luta contra a homofobia.

Enquanto a homossexualidade segue sendo um tabu no futebol masculino, com raros nomes assumindo orientação não heterossexual — a exemplo do tcheco Jakub Jankto, primeiro jogador de seleção a se declarar gay, no início deste ano —, no feminino as jogadoras têm se permitido viver suas histórias de amor sem amarras.

Craques como a australiana Sam Kerr, a dinamarquesa Pernille Harder e a norte-americana Megan Rapinoe também integram o time das atletas que se declaram lésbicas e não escondem relacionamentos. Rapinoe, inclusive, se tornou uma célebre ativista da causa.

Ela é casada com a ex-jogadora de basquete, Sue Bird. Juntas, lançaram uma produtora de conteúdos em prol da diversidade e fizeram campanha contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por causa de suas políticas discriminatórias contra a comunidade LGBTQIA+.

Embora mais discreta, Marta começou a ter mais desprendimento sobre sua orientação sexual na última Copa do Mundo feminina, época em que namorava a também colega de time, Toni Deion Pressley. Elas romperam o noivado em 2022. Antes de viajar para a Austrália com a seleção, a camisa 10 revelou que deseja ser mãe em breve.

Além de Marta, a equipe brasileira conta com outras jogadoras abertamente lésbicas, como Tamires, a única mãe entre as 23 convocadas da seleção. Em 2021, ela terminou seu casamento heterossexual e começou a namorar a cantora Gabi Fernandes. No ano passado, elas fizeram uma postagem conjunta para anunciar o relacionamento.

Em 2015, a imagem mais simbólica do Mundial no Canadá foi a comemoração de Abby Wambach, segunda maior artilheira entre seleções, com 184 marcados pelo time norte-americano, que foi até a arquibancada beijar a esposa Sarah Huffman após a conquista do título sobre o Japão. Na semana anterior ao beijo, a Suprema Corte dos Estados Unidos havia legalizado o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Nesta Copa repleta de representatividade, os holofotes voltados para atletas LGBTQIA+ têm contribuído ainda mais para naturalizar relacionamentos homoafetivos e desconstruir preconceitos. Uma ocasião especial para relembrar ao mundo a importância de seguir lutando contra a LGBTfobia.

Fonte: Breiller Pires Breiller Pires é jornalista esportivo e, além de ser colunista do Terra, é comentarista no canal ESPN Brasil. As visões do colunista não representam a visão do Terra.
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