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Seleção chega à Copa América com mais incógnitas que certezas

Time de Dorival segue invicto no ano, apesar da inconsistência defensiva demonstrada nos quatro primeiros jogos do técnico

13 jun 2024 - 09h26
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Brasil sofreu 12 finalizações no empate diante dos Estados Unidos
Brasil sofreu 12 finalizações no empate diante dos Estados Unidos
Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Há poucos jogadores intocáveis e posições definidas na seleção brasileira. Às vésperas da Copa América, é possível cravar apenas o capitão Danilo, Marquinhos, Bruno Guimarães, Rodrygo e Vinicius Jr. no time titular. De resto, mais incógnitas que certezas.

No empate contra os Estados Unidos, o último amistoso antes do primeiro torneio oficial sob o comando de Dorival Júnior, ficou evidente que não faltam talento e competitividade ao Brasil, que criou muitas situações de gol e, tivesse um pouco mais de capricho, sairia de Orlando com a vitória.

Por outro lado, também ficou exposta a inconsistência defensiva da equipe, que, assim como no duelo diante do México, voltou a sofrer 12 finalizações e contou com duas grandes defesas de Alisson no segundo tempo para não levar a virada dos EUA, fora uma bola no travessão, ainda na etapa inicial.

Com seis gols sofridos e média de 14 finalizações adversárias por jogo nos quatro primeiros amistosos de Dorival, a seleção atual supera a marca do time comandado por Fernando Diniz em seus últimos quatro compromissos pelas Eliminatórias sul-americanas (12 finalizações concedidas por partida), que também sofreu seis gols no mesmo recorte.

Embora seja um técnico mais conservador que Diniz, Dorival ainda não conseguiu encontrar o equilíbrio defensivo na seleção. Sem Casemiro, preterido por opção técnica, a equipe oferece bastante espaço aos rivais na intermediária, brecha explorada pelos Estados Unidos para empilhar chutes de média e longa distância.

A partir desse desequilíbrio, o treinador precisa encontrar soluções e, eventualmente, repensar a titularidade de alguns nomes em busca do 11 ideal. A começar por Alisson, goleiro das duas últimas Copas do Mundo, que, embora tenha crescido no segundo tempo, voltou a falhar no primeiro gol dos Estados Unidos, em cobrança de falta de Pulisic. Bento e Rafael ganham força na disputa pela posição, já que Ederson acabou cortado por lesão.

Na zaga, Marquinhos mantém o status de titular. Beraldo recebeu nova oportunidade, mas, aos 20 anos, ainda carece de maior constância. Companheiros de PSG, ambos tiveram desempenho abaixo de Bremer e Gabriel Magalhães na temporada europeia, enquanto Éder Militão corre por fora ao tentar recuperar espaço na seleção. Do lado esquerdo, Wendell e Arana brigam pela titularidade, com vantagem para o lateral do Porto, que mais uma vez se projetou bem ao ataque.

Já no meio, apesar da fartura de qualidade técnica, tem faltado pegada à frente da defesa. Sem um volante essencialmente marcador, Dorival precisa definir o companheiro de Bruno Guimarães entre João Gomes e Douglas Luiz, que oscilaram nos últimos amistosos. Denunciado por suposto esquema de manipulação de apostas, Lucas Paquetá não conseguiu manter o rendimento apresentado contra Inglaterra e Espanha e pode perder a posição para Andreas Pereira, mais assertivo nos passes e autor de um gol contra o México.

Por fim, a grande dúvida no ataque é se o treinador segue priorizando a hierarquia ao abrir mão de um 9 para preservar a vaga de Raphinha ou se desprende do conservadorismo e aproveita o momento iluminado de Endrick, sempre incisivo desde que estreou pela seleção principal.

São apenas quatro jogos e menos de seis meses de trabalho de Dorival à frente da seleção. É natural que, depois de um ano para se esquecer e três derrotas consecutivas nas Eliminatórias, o Brasil ainda esteja em estágio de formação. Tanto o técnico quanto os jogadores brasileiros encontrarão equipes mais maduras na Copa América, um bom parâmetro para retomar o equilíbrio perdido desde o fim do último ciclo com Tite.

Fonte: Breiller Pires Breiller Pires é jornalista esportivo e, além de ser colunista do Terra, é comentarista no canal ESPN Brasil. As visões do colunista não representam a visão do Terra.
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