Script = https://s1.trrsf.com/update-1733861710/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Seleção decepciona em despedida melancólica de Marta

Brasileiras são travadas pela Jamaica e acabam eliminadas na primeira fase da Copa do Mundo feminina

2 ago 2023 - 09h42
(atualizado às 09h43)
Compartilhar
Exibir comentários
Marta fez sua última partida pela seleção em Copa do Mundo
Marta fez sua última partida pela seleção em Copa do Mundo
Foto: Thais Magalhães/CBF

Antes do Mundial começar, era uma unanimidade entre as jogadoras da seleção brasileira o sentimento de que uniriam forças para premiar a carreira de Marta em sua última Copa. Porém, a eliminação para a Jamaica na fase de grupos frustra a despedida da maior de todos os tempos, que reconheceu não imaginar encerrar sua história no torneio dessa forma “nem nos piores pesadelos”.

Marta disputou seis Copas do Mundo pelo Brasil. O máximo que conseguiu foi um vice-campeonato, em 2007. No entanto, jamais havia sido eliminada na primeira fase. Esperava-se muito mais da seleção, não somente pela mobilização em torno de sua maior jogadora, mas também pelo potencial do time.

Depois de uma estreia empolgante contra o Panamá, o adversário mais frágil do grupo, o Brasil baixou de rendimento contra a França e, sobretudo, contra a Jamaica, quando sucumbiu à falta de criatividade, organização ofensiva e contundência.

Sob o comando da sueca Pia Sundhage, a seleção havia demonstrado avanços após um ciclo de renovação, principalmente ao protagonizar duelos muito competitivos diante de equipes mais fortes, como Inglaterra e Alemanha, antes do Mundial.

Por isso, a expectativa era de uma campanha vistosa na Copa, embora o Brasil não figurasse entre as principais favoritas. Destaque da goleada sobre o Panamá, Ary Borges se mostrou discreta contra as jamaicanas e acabou substituída no intervalo por Bia Zaneratto. Tanto a centroavante do Palmeiras quanto Geyse, referência do Barcelona, Debinha, Kerolin e Adriana não foram capazes de chamar a responsabilidade no ataque brasileiro.

Titular apenas no jogo derradeiro, Marta, aos 37 anos, provou que — ao menos em campo — já não tem mais o mesmo poder de decisão de outros tempos. Fica para a seleção, além de uma análise fria sobre a continuidade de Pia no cargo de treinadora, a necessidade de encontrar novas protagonistas para o próximo ciclo.

Dificilmente alguém será capaz, agora ou num futuro distante, de suprir a lacuna deixada por Marta. Na véspera da eliminação, ela ressaltou a evolução do futebol feminino ao constatar que hoje, ao contrário de seu início na modalidade, várias jogadoras servem como referências para as meninas, não mais o monopólio da idolatria de figuras do masculino.

“Pra elas é só o começo. Pra mim é o fim da linha”, disse Marta em seu discurso final após o empate contra a Jamaica, reivindicando a continuidade do apoio à geração de Ary, Kerolin e companhia. 

Infelizmente, a rainha do futebol não teve uma despedida de Copa à altura de seu legado, mas ficará marcada na história, apesar de mais um resultado frustrante, como a mulher que ajudou a virar o jogo em favor da modalidade no Brasil e no mundo.

Fonte: Breiller Pires Breiller Pires é jornalista esportivo e, além de ser colunista do Terra, é comentarista no canal ESPN Brasil. As visões do colunista não representam a visão do Terra.
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade