Fluminense tem chances reais de vencer a Libertadores, entenda vantagens
No Terrabolistas desta segunda-feira, colunista Fernanda Arantes crava favoritismo do Fluminense para final da Libertadores.
Mesmo com os indícios de um confronto equilibrado na decisão da Libertadores 2023, o Fluminense se destaca no cenário atual. A equipe carioca tem menos lesionados, um elenco superior no geral e está adaptada ao estilo autoral de Fernando Diniz, sem falar do fator campo. Jogar em casa tem tudo para pesar nesta partida. Com a decisão no Maracanã, o tricolor ganhou as vantagens do mando de campo - mesmo não tendo - e não passará pelo desgaste do deslocamento, além de conhecer bem o gramado. Desde que Diniz assumiu, fez valer o fator campo e é forte nos seus domínios.
Dos times da série A do Brasileirão, o Fluminense ficou 8 meses invicto jogando no Maracanã e foi perder em casa apenas em outubro, o único a conseguir esse feito na temporada brasileira. Além disso, há uma grande conexão com a torcida. O Fluminense vive seu melhor ano de média de público desde 1976 e na Libertadores, a média de torcedores presentes superou 58 mil pessoas por partida. A estimativa é de 60 mil pagantes no Maracanã, com 15 mil ingressos destinados a cada clube.
O Boca Juniors prevê 100 mil argentinos apoiando o time no Rio de Janeiro no próximo sábado, porém o time tem que lidar com lesões. No dia 24 de outubro, foi derrotado pelo Racing por 2 a 1 no campeonato argentino e lesionou o principal reserva do ataque: Benedetto. O camisa 9 sofreu uma lesão muscular e caiu sozinho no gramado. Em nota, o Boca informou que o centroavante Darío Benedetto está com uma contratura no músculo adutor da perna esquerda e não informou o tempo de recuperação do atleta. Comunicou também que o zagueiro Nicolás Valentini tem um trauma na perna esquerda. Exequiel Zeballos, lesionado no início do mês de outubro é um dos desfalques confirmados, ao lado de Marcos Rojo que foi expulso na partida contra o Palmeiras. Do lado brasileiro, apenas Nino é dúvida por se recuperar de uma entorse no joelho.
Desde a semifinal contra o Palmeiras, Cavani se desentendeu com a jóia do Boca Valentín Barco; o uruguaio desaprovou a reclamação do jovem atleta ao pedir passe e o fato se repetiu na Copa Argentina, onde os dois voltaram a discutir. É certo que o Boca irá irritar o rival se defendendo bem e fechando os espaços ao máximo, além de ter o peso e o costume de jogar finais de Libertadores. Porém, o Dinizismo traz um estilo de jogo novo com jogadores acostumados à esse modelo, o que pode atrapalhar a experiência argentina das últimas décadas. Diante de partidas históricos na temporada como o 5 a 1 contra o River Plate e os dois jogos de mata-mata das oitavas e das quartas de final da Libertadores contra Argentinos Juniors e Olimpia, o Fluminense se mostrou superior e tem total condição de vencer um Boca Juniors que, até com Cavani, não mostrou ser imbatível.