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Gol de Marquinhos salva vitória brasileira contra Peru, mas seleção ainda se adapta à Diniz

Placar magro de 1 a 0 revela Brasil superior, mesmo com ajustes ao novo modelo tático e com dificuldades no meio-campo.

13 set 2023 - 01h37
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 28 minutos do primeiro tempo. O jejum que atormenta o emocional de um atacante poderia parar de incomodar Richarlisson, antes há quatro jogos na seca. Ele faria o seu sétimo gol com a amarelinha em Eliminatórias - o que não aconteceu. O gol anulado durou sete inadmissíveis minutos para se confirmar com o VAR; a arbitragem também deu na primeira etapa apenas sete minutos de acréscimos em um jogo de Eliminatórias da Copa do Mundo. Motivo de reclamação do treinador brasileiro com o quarto árbitro. Diniz teve razão, além de mais uma etapa para fazer as coisas mudarem. A seleção brasileira nunca perdeu para o Peru nas Eliminatórias. 

Brasil vence o Peru pelas Eliminatórias –
Brasil vence o Peru pelas Eliminatórias –
Foto: Vitor Silva/CBF / Jogada10

 Até aquele momento, o Brasil tinha 91% de passes certos e dois gols invalidados por impedimento pelo VAR, de forma correta, de Neymar e Richarlisson. O goleiro Gallese foi obrigado a defender um belo chute de Neymar, enquanto Ederson pouco foi acionado. Com superioridade brasileira, a equipe se apresentou de forma inteligente, mais leve e com a posse de bola foi ofensiva. A equipe peruana quase não incomodou; o adversário focou em criar dificuldade na saída de bola brasileira. 

 Como encontrar os espaços no modelo do novo treinador? A triangulação de Raphinha, Rodrygo e Neymar é a resposta para Diniz que quis aproximar os seus jogadores mais talentosos. O lado esquerdo do Brasil não funcionou tanto quanto o esperado, obrigando o técnico acionar - aos gritos - Rodrygo para ser mais funcional. O tempo passava e lá estava ela, a 'afobação' para fazer essa bola chegar. Contra o Peru, o meio de campo do Brasil sofreu bem mais do que contra a Bolívia, algo já esperado.

Casemiro em jogo contra Peru - Lucas Figueredo / CBF
Casemiro em jogo contra Peru - Lucas Figueredo / CBF
Foto: Vitor Silva / CBF / Jogada10

 A seleção ainda está no processo de compreender o novo estilo do atual comandante. Nem todos pegaram a referência de primeira, como Casemiro que se adapta ao jogo compacto de Fernando Diniz, diferentemente de como atua no Manchester United. Toda mudança leva tempo e, por isso, teremos que ter paciência com o modelo que dá angústia com as poucas substituições quando não há fluidez. Quem pagou o pato, de novo, foi Richarlisson que deu lugar a Gabriel Jesus. Mas e o meio-campo? 

 Diniz só mudou aos 40 minutos do segundo tempo, três de uma vez - um lateral direito, um atacante e um volante. Mesmo com um Raphael Veiga no banco, os meias que sofreram na partida conta o Peru não foram facilmente alterados. Sorte que nesse combo estava o talento de Martinelli para se apresentar com movimentação e trazer o escanteio batido de forma perfeita por Neymar. Ficou para Marquinhos a responsabilidade de salvar o Brasil com o gol de bola parada. Só nos acréscimos, Veiga foi veio como a última substituição. Tarde demais para esse jogo, mas não para este ciclo de Copa, que está apenas começando. 

Fonte: Fernanda Arantes Fernanda Arantes é apresentadora, narradora e repórter esportiva. Com passagens pelas afiliadas da Rede Globo e pelo SBT, atualmente ela se destaca nas transmissões pela internet. As visões da colunista não representam a visão do Terra.
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