As primeiras dificuldades aparecem para o dinizismo; Marquinhos salva
Dessa vez, as peças da seleção brasileira não funcionam; Brasil depende do poder ofensivo do experiente zagueiro
Marquinhos salvou a seleção dinizista. Brasil 1 x 0 Peru, gol do xerifão do PSG. Mesmo com a vitória, os defeitos da equipe não podem ser escondidos. Morosidade. Essa palavra define bem as atuações de Neymar, Casemiro & Cia. A lentidão e as decisões erradas foram as principais características da equipe dinizista. Foi um jogo feio. A segunda partida da seleção de Fernando Diniz como técnico interino teve muito mais complicações para a equipe. Mesmo com os pedidos por mobilidade do treinador, faltou objetividade. Neymar, Rodrygo e Richarlison não tiveram boas atuações. O excelente volante Casemiro fez a pior atuação dele pela seleção. Errou tudo e deu calafrios no torcedor por causa da saída de bola. Diniz demorou a substituir. Desde os primeiros minutos, o jogo estava truncado.
No começo do jogo, nos primeiros 15 minutos, a seleção brasileira encontrava certa dificuldade. Após boa troca de passes, Raphinha chegou a abrir o placar, mas Richarlison estava impedido e participou da jogada do gol. Foi anulado com razão. A falta de velocidade da partida dificultava o estilo dinizista, que toca muito a bola e acelera quase sempre.
O Brasil tentava com passes rápidos e mobilidade quebrar as linhas. Até o experiente Casemiro, com 73 jogos, sete gols e duas edições de Copa do Mundo pela seleção, errava passes bobos, além da saída de bola tão importante para Fernando Diniz.
O ótimo volante Bruno Guimarães, com 13 partidas e um gol com a camisa amarelinha, não criava o habitual. Richarlison fez até gol, mas não valeu. Estava impedido novamente. O VAR levou sete intermináveis minutos para anular o gol do ‘Pombo’. Um lance fácil para o auxiliar.
Os recursos do dinizismo, toque de bola, mobilidade e aproximação, não funcionaram no primeiro tempo. Embora tenha melhorado no finalzinho, a equipe não jogava bem. O próprio Neymar estava sumido do jogo.
No segundo tempo, nada melhorou. Aliás, piorou. Fernando Diniz começou a ficar preocupado com os muitos passes errados da seleção. Casemiro e Gabriel Magalhães erravam, de forma temerária, a saída de bola. Neymar, Richarlison e Rodrygo continuavam jogando muito mal.
O dinizismo, dessa vez, não funcionou diante do ferrolho adversário. Até os 17 minutos, Fernando Diniz não substituiu ninguém. O técnico interino demorou a mexer no time. Aos 19 minutos, colocou apenas Gabriel Jesus no lugar de Richarlison. Apenas aos 39 minutos, Diniz fez várias substituições. O lado direito ficou inoperante.
Dessa vez, Diniz não deu jeito e o futebol ficou longe de ser artístico. Marquinhos fez o gol da vitória no final. Um triunfo com garra, mas sem nenhum brilho.