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Craque Deco fala sobre a decisão da Libertadores entre Flu e Boca

Ex-jogador luso-brasileiro comenta expectativa para final da maior competição das Américas, e sobre a trajetória no clube das Laranjeiras

3 nov 2023 - 17h42
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Deco
Deco
Foto: Reprodução/Instagram

Anderson Luís de Souza. Mundialmente conhecido como Deco. Apelido? O Mágico. O craque tem 46 anos. Atualmente, é diretor de futebol do Barcelona, onde brilhou ao lado de Ronaldinho Gaúcho. O ex-super meia foi ídolo também no Porto. Conquistou duas edições de Champions League, uma em cada clube europeu citado. Deco saiu do Chelsea e foi para o Fluminense em 2010. Conquistou dois títulos brasileiros e um Estadual. Faltou a Libertadores, mas o eterno camisa 20 (duplamente 10) brilhou em alguns jogos do torneio, principalmente contra o Boca Juniors.

No dia 7 de março de 2012, pela segunda rodada da Conmebol Libertadores, o Tricolor foi até Buenos Aires para enfrentar o poderoso Boca de Riquelme & Cia. O Flu saiu na frente com Fred. O Boca não levava gol há quatro partidas. Somoza empatou. No segundo tempo, Wellington Nem fez grande jogada pela esquerda, Deco se apresentou na pequena área e tocou para o gol de Orión. 2 a 1. O Fluminense acabou com uma invencibilidade do adversário argentino de 36 jogos.

Deco falou sobre esse jogo. “Foi histórico. Espetacular. No meu caso, foi um momento mágico. Wellington Nem pegou a bola pela esquerda, e ele estava em ótima fase. No um contra um, era fantástico. Acompanhei o desenrolar da jogada, nem passou pelo marcador, cruzou e eu estava bem posicionado. Vencemos por 2 a 1”, disse o ex-meia.

O Mágico está empolgado com a decisão da Libertadores. “Esse jogo entre Flu e Boca será muito legal. Todo mundo sabe que o Fluminense é meu time de coração. Jogar nesse clube marcou minha história. É um clube onde você se sente feliz. Eu saí do Flu, encerrei carreira e me sinto reconhecido pelo torcedor desse clube tradicional, pois existe o reconhecimento do atleta”, disse.

Brinquei com o entrevistado ao escalar um time imaginário (e que poderia representar os melhores das últimas décadas) do meio para frente com André, o próprio Deco, Conca e Thiago Neves; Cano e Fred. Cometi injustiça com Renato Gaúcho? Acho que sim. Deco sorriu. “Essa equipe iria dar trabalho”, disse o ídolo da torcida tricolor.

O eterno camisa 20 luso-brasileiro não teve muitas partidas pelo Flu. Foram ‘apenas’ 91 jogos em três anos, pois conviveu com algumas lesões nas últimas temporadas da carreira. No entanto, na maioria das vezes em que esteve em campo, Deco brilhou. Que o diga Fernando Prass, uma das vítimas. Na final do Carioca de 2012, no Estádio Nilton Santos, o meia Deco marcou um golaço. Prass estava adiantado. Deco pensou em inverter o jogo, mas preferiu chutar e acertar um pombo sem asa sem chance para o então goleiro vascaíno.

O ex-camisa 20 falou sobre ser ídolo do clube. “Fico feliz com isso. Minha história no Fluminense foi muito bacana. Sempre falo que o Fluminense é o time que eu torço. É o clube que aprendi a amar. Tenho carinho especial. Mesmo ficando ‘apenas’ três anos, minha história no clube foi intensa. Marcou minha vida e minha história”, comentou o craque.

Torcedor do Flu, Deco se mostrou esperançoso com a possibilidade do primeiro título das Américas do time original das Laranjeiras. Aliás, a esperança está no hino do clube e na alma do torcedor tricolor. O Fluminense espera alcançar a glória eterna. Como diria o maior torcedor da história do Fluminense, o teatrólogo e jornalista Nelson Rodrigues, ‘o pessimismo no futebol é insuportável’. O Flu tem a chance de se tornar o campeão da América do Sul em casa, no Maracanã. Aliás, Estádio Jornalista Mario Filho, irmão genial de Nelson. Sinais, hein. Gravatinha vai ajudar o Fluminense? O torcedor sonha com esse título desde 2008. A hora chegou. Como diz o hino criado por Lamartine Babo, quem espera sempre alcança.

Abraços libertadores e rodrigueanos, amigas e amigos.

Fonte: Redação Terra
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