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Debinha mostra oportunismo dentro da área, mas não evita derrota para a França na Copa Feminina

Camisa 9 faz seu primeiro gol na competição, porém, apesar de ser artilheira da equipe na 'Era Pia', mostra irregularidade

29 jul 2023 - 09h46
(atualizado às 22h42)
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Debinha faz seu primeiro gol em edições de Copa Feminina; ela é a artilheira da seleção com a treinadora Pia Sundhage, mas precisa melhorar em outros fundamentos
Debinha faz seu primeiro gol em edições de Copa Feminina; ela é a artilheira da seleção com a treinadora Pia Sundhage, mas precisa melhorar em outros fundamentos
Foto: REUTERS/Dan Peled

Debinha foi o destaque do Brasil em mais uma derrota para a França. A atacante do Kansas City Current (EUA) tem 31 anos e apenas 1,58m, mas é uma gigante das finalizações. Teve uma no jogo. Uma! Marcou! Tem 31 gols em 51 partidas na ‘Era Pia Sundhage’. Uma curiosidade? Foi o primeiro dela em edição de Copa do Mundo. Acredite se quiser.

Debinha peca em algumas decisões. Aos 21 minutos do segundo tempo, em um contra-ataque, a camisa de número 9 foi fominha ao partir para cima de três adversárias quando bastava tocar para Kerolin, sozinha, na esquerda. Essas decisões erradas estão nos números. A artilheira brasileira é a segunda jogadora com mais dribles errados da competição: 3.

Na primeira etapa, a França aproveitou muito o lado esquerdo da defesa brasileira, onde atua Tamires, de 35 anos, excelente no apoio mas com dificuldades defensivas até porque, nos últimos anos no Corinthians, jogou muito mais como meio-campista.

A treinadora Pia Sundhage escolheu não convocar a lateral-esquerda do mesmo Timão, Yasmim, de 26 anos e 1,67m, que, inclusive, levaria perigo nas cobranças de falta, pois é especialista em bola parada.

No primeiro gol, a baixa estatura de Tamires, 1,61 m, foi explorada. Diani, de 1,68m, atacou a bola antes da brasileira e deu assistência de cabeça para Le Sommer, de 1,61m, marcar.

No segundo tempo, Debinha empatou para o Brasil. No entanto, a bola aérea foi mortal para a seleção brasileira (de novo). A zagueira e líder Renard, de 1,87m, fez de cabeça. Uma jogada previsível, porém, a defesa não a evitou.

Para análise, vale conferir altura de cada defensora brasileira que estava em campo até o momento do segundo gol das francesas:

Lelê – 1,75m

Antônia – 1,67m

Lauren – 1,77m

Rafaelle – 1,76m

Tamires – 1,61m

Andressa Alves (meio-campo que estava ‘marcando’ Renard) – 1,68m

Alguns dados da partida:

Setor defensivo

- Renard fez o 35º gol dela na seleção francesa.

- Durante o período de preparação para a Copa Feminina, a média da seleção brasileira era de um gol sofrido a cada três finalizações certas. As francesas abriram o placar na quarta tentativa.

- Lelê é a 6ª goleira com mais defesas difíceis na competição: 2. É a terceira edição de Copa de Letícia. Primeira vez em que é titular.

Setores de criação e ataque:

- Adriana é a segunda jogadora na Copa com mais finalizações erradas: 6. Perdeu uma oportunidade inacreditável de empatar a partida no primeiro tempo.

- Debinha é a 2ª atleta com mais dribles errados na Copa Feminina 2023: 3.

- Em média, o Brasil precisa de 2.5 finalizações certas pra fazer 1 gol. Empatou na terceira.

Caso a Jamaica vença o Panamá, a seleção brasileira precisará vencer a mesma Jamaica pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Feminina, na quarta-feira, para se classificar às oitavas-de-final. 

Fontes: Footstats e Sofascore

Fonte: PV Ferreira PV Ferreira é editor e jornalista esportivo com experiência em coberturas do futebol brasileiro, sul-americano e europeu, além das modalidades olímpicas e paralímpicas. As visões do colunista não representam a visão do Terra.
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