Derrocada dinizista com vitória inédita da Colômbia sobre o Brasil nas Eliminatórias
Seleção brasileira tem nova atuação ruim com quase todas as características de um time comandado pelo treinador Fernando Diniz
O puro suco de dinizismo azedou. Parecia que a equipe brasileira iria brilhar com as jogadas pensadas pelo técnico campeão da Libertadores de 2023. Há dois dias, torcedores e jornalistas fizeram a pergunta: “como Vini Júnior e Gabriel Martinelli vão jogar juntos?”. Logo aos três minutos, veio a resposta. Pela esquerda, uma tabela excepcional entre os dois jovens ‘pontas’. Diniz adaptou o estilo Fluminense à seleção amarelinha. Mais pela direita, no Tricolor, Jhon Arias e Keno acabaram com os adversários dessa forma. As trocas de passes entre os dois foram decisivas na fase final da principal competição sul-americana.
No entanto, Diniz está com uma nuvem tenebrosa em cima da cabeça, pois Vinicius Junior saiu com 25 minutos porque teve uma lesão. João Pedro entrou e o esquema mudou com um atacante centralizado…para pior.
O azar também entrou em campo com a missão de atrapalhar Fernando Diniz. O Sobrenatural de Almeira não prejudicou o Flu, mas Diniz foi vítima da entidade rodrigueana na seleção. Além disso, a adaptação ao jeito de jogar dinizista é muito difícil de funcionar com os poucos treinos que o escrete amarelão faz.
Aliás, no primeiro tempo e comecinho da etapa final, a seleção brasileira mostrava o melhor e, também, o pior do dinizismo. Como o treinador escalou os quatro atacantes de praxe, então, o que normalmente acontece? Falta gente no meio-de-campo e, por isso, a marcação fica deficiente. André e Bruno Guimarães tentaram tapar os buracos, porém, a ausência de um terceiro meia deixou a defesa vulnerável. Mesmo assim, Raphinha quase ampliou em belo chute no canto esquerdo. O goleiro Vargas fez defesa quase milagrosa. Como escrevi anteriormente, a sorte não estava com Diniz. Ela soltou a mão do revolucionário técnico. Na verdade, deixou Fernando cair em um abismo mortal.
Falhas de um técnico campeão e capaz
Rodrygo, pelo menos, jogava muito mais do que nas duas últimas partidas. Por exemplo, o atleta do Real Madrid deu belo passe para Raphinha, que teve algumas ótimas chances e não conseguiu marcar. No entanto, Diniz preferiu substituir Rodrygo (e não Raphinha) por Paulinho. Diniz se equivocou totalmente. Ali, a derrota foi construída.
Outros defeitos característicos das equipes dinizistas apareceram. A defesa se mostrou mal posicionada. Para ser sincero, foi péssima. Emerson Royal falhou muito na marcação. Luis Díaz aproveitou cruzamento pela esquerda e não precisou nem pular. Para piorar a situação, Díaz teve outra chance, com lindo passe de James Rodríguez, e virou para a Colômbia: 2 a 1.
A defesa da seleção brasileira virou uma peneira. Sofreu seis gols em cinco partidas. O Brasil está em quinto lugar, com sete pontos, atrás da líder Argentina, com 12, do Uruguai (10), que venceu a equipe de Messi, Colômbia (9) e Venezuela (acredite se quiser), com oito. Vergüenza.
Depois do título da Libertadores no dia 4 desse mês, essa partida contra a Colômbia foi para esquecer. O futuro na seleção parece sombrio para um grande técnico. Contra a Argentina será um Maracanazo? Tomara que não.