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O Brasil será uma potência olímpica?

Depois do sucesso no Pan de Santiago, atrás apenas dos EUA no quadro de medalhas, essa é a pergunta que fica para Paris-2024

4 nov 2023 - 11h47
(atualizado em 7/11/2023 às 13h42)
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A brasileira Rayssa Leal, medalhista de ouro, posa no pódio com Pâmela Rosa, prata, e a estadunidense Paige Heyn, bronze, durante o street
A brasileira Rayssa Leal, medalhista de ouro, posa no pódio com Pâmela Rosa, prata, e a estadunidense Paige Heyn, bronze, durante o street
Foto: REUTERS/Ivan Alvarado

O Brasil tem condições de ser uma potência olímpica sim. São muitos talentos no Esporte. Veja a quantidade de destaques, pelo menos, na competição realizada na capital do Chile: Rayssa Leal e Pâmela Rosa no Skate, Martine Grael e Kahena Kunze na Vela, Maria Eduarda, Bárbara Domingos e Geovanna Santos na Ginástica Rítmica, Rebeca Andrade e Flávia Saraiva na Ginástica Artística, Laís Nunes no wrestling, Darlan Romani no Atletismo, Tatiana Weston-Webb no Surf, Rafaela Silva no Judô, Ana Patrícia, Duda, André e George no Vôlei de Praia, Guilherme Costa e Gabrielle Roncatto na Natação.

Existem destaques em outras modalidades? Sim. No Boxe, Bia Ferreira & Cia conquistaram muitos ouros e nove vagas olímpicas. Laura Pigossi, com dois ouros no Pan, e Luisa Stefani, uma dourada em Santiago, formam dupla medalhista olímpica na edição de Tóquio, em 2021, no Tênis. Aliás, quando essa última modalidade é citada, não existe a possibilidade de esquecer da excelente Bia Haddad, que conquistou dois títulos, nas duplas e simples, em importante torneio da WTA na China.

No Pan, o Brasil já bateu o recorde de medalhas de ouro e pódios em uma única edição. Em 2019, o país chegou a 54 ouros. Até agora, brasileiras e brasileiros chegaram à marca de 56. Nos pódios, em 2019, foram 169. Por enquanto, em Santiago, são 172. Esses números ficarão defasados em segundos. Tomara! A segunda colocação nessa competição não é inédita. O Brasil a alcançou em 1963 e 2019.

Nos Jogos Olímpicos, o recorde de medalhas do Brasil foi na última edição, na capital do Japão, em 2021. O país conquistou 21, sendo sete ouros, seis pratas e oito bronzes, terminando em 12º lugar. A 10ª colocada foi a Itália, com dez ouros, dez pratas e 20 bronzes. Na quinta posição, o Comitê Olímpico Russo conseguiu 71 medalhas no total, sendo 20 de ouro, 28 de prata e 23 de bronze.

Na História, com H maiúsculo, Olímpica Moderna, o Brasil conquistou 37 ouros, 42 pratas e 71 medalhas de bronze.

Para ser potência olímpica, o que falta? É necessário ter uma cultura de práticas desportivas no país. O Ministério do Esporte não pode ser extinto e virar uma secretariazinha sem importância. As federações e confederações precisam ter políticas sérias de desenvolvimento contínuo das modalidades. Não pode uma modalidade conseguir várias medalhas em seis ou sete edições e, em uma ou duas edições seguidas, passar em branco.

Abraços pan-americanos, olímpicos modernos e paralímpicos. Sim! Em breve, escreverei sobre modalidades adaptadas e paralímpicas (assim mesmo). Aguardem e confiram.

Fonte: PV Ferreira PV Ferreira é editor e jornalista esportivo com experiência em coberturas do futebol brasileiro, sul-americano e europeu, além das modalidades olímpicas e paralímpicas. As visões do colunista não representam a visão do Terra.
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