Comitê do COI inicia investigação sobre proprina na Rio 2016
Comitê Organizador Rio-2016 nega recebimento de qualquer benefício por compra de votos na eleição da cidade-sede da 31ª edição olímpica
Após a denúncia do jornal francês Le Monde sobre a suspeita de envio de dinheiro para um membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) com o intuito de eleger o Rio de Janeiro como cidade-sede da 31ª edição dos Jogos Olímpicos, a entidade anunciou que sua comissão de ética abriu uma investigação sobre o assunto.
- O COI continua totalmente comprometido em esclarecer esta situação, trabalhando em cooperação com a Procuradoria (da França) - afirmou em comunicado.
Segundo o Le Monde, a Matlock Capital Group, empresa relacionada ao executivo brasileiro Arthur César de Menizes Soares Filho, realizou um pagamento de 1,5 milhão de dólares a Papa Massata Diack, filho do presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) na época e membro do COI, Lamine Diack. A transação ocorreu três dias antes da votação que definiu o Rio de Janeiro como sede olímpica.
Comitê Organizador da Rio-2016 nega envolvimento
Segundo a Reuters, o Comitê Organizador da Rio-2016 negou que tenha recebido qualquer tipo de benefício por compra de votos na eleição da cidade-sede dos Jogos de 2016.
- A vitória do Rio foi claríssima. A investigação francesa diz respeito a seis membros do COI, e seis membros não mudariam nada no resultado. A eleição foi limpa - disse o diretor de Comunicação do Rio-2016, Mario Andrada.
Em 2009, o Rio de Janeiro foi eleito como sede com um placar favorável de 66 a 32 contra Madrid. Chicago e Tóquio também se candidataram na época.
Segundo Andrada, a investigação francesas tem o foco em Lamine Diack e 'não tem nenhuma ligação' com a candidatura da Cidade Maravilhosa.
- Só quando os franceses concluírem a sua investigação será possível dizer quem são os beneficiários desse esquema. De antemão, porém, está claro que os Jogos do Rio não têm nada a ver com isso.