Conselho de Ética do COB e STJD tomam primeiras decisões sobre caso Wallace
Jogador de vôlei fez publicação com ameaça ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Depois de a Advocacia-Geral da União (AGU) pedir o banimento de Wallace do esporte, o Conselho de Ética do COB (Comitê Olímpico do Brasil) e o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) tomaram as primeiras decisões sobre a investigação do jogador de vôlei. O caso se refere a uma postagem do atleta do Cruzeiro na qual perguntou aos seguidores se "dariam um tiro na cara" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Conselho de Ética do COB aceitou a denúncia feita pelo próprio Comitê Olímpico e irá investigar se o jogador feriu o código de conduta da organização. O primeiro passo será o sorteio de um Conselheiro Relator para começar as tratativas sobre o caso.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Vôlei, por sua vez, irá notificar Wallace para que ele dê explicações sobre a postagem. A decisão veio de Fábio Lira, procurador do STJDV. As informação foi publicada pelo jornal O Globo.
Entenda o caso
Na última segunda-feira, 30, Wallace abriu uma caixinha de perguntas na sua conta oficial no Instagram para interagir com os fãs. O atleta de 35 anos, que apoiou publicamente a candidatura à reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, mostrou a sua admiração por armas durante as respostas.
Quando perguntado se "daria um tiro na cara" do atual presidente do Brasil com uma espingarda, o atleta publicou enquete para ver a opinião de seus seguidores. No entanto, depois da repercussão negativa por parte de torcedores, instituições e autoridades, o atleta apagou a postagem.
A atitude de Wallace, duas vezes medalhista olímpico com a seleção brasileira de vôlei, foi condenada pela CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) e pelo seu clube, o Cruzeiro, do qual foi afastado.
Após repercussão negativa, o oposto publicou um pedido de desculpas aos seus seguidores e ao presidente Lula. Em suas redes sociais, na última terça-feira, 31, Wallace divulgou um vídeo no qual afirma que "jamais incitaria a violência" e ressalta que a postagem nos stories tomou uma "repercussão social negativa".