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Ídolo sul-coreano, Park vê "lacuna" entre seleções da Ásia e os melhores

6 mar 2018 - 16h22
(atualizado às 16h22)
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A Copa do Mundo de 2002 foi especial para a Coreia do Sul. Jogando em casa, a seleção asiática não só avançou para a fase de mata-mata pela primeira vez na história, como alcançou uma também inédita semifinal. A equipe acabou derrotada pela Alemanha e deixou escapar ainda o terceiro lugar. Mas aquela experiência sempre ficará marcada a memória do povo sul-coreano, especialmente na de Park Jisung.

Na época com 22, o jogador foi peça chave naquela campanha e viria a se tornar ídolo e lenda no país. Em entrevista ao site oficial da Fifa, Park lembrou com carinho de sua participação no Mundial e definiu a experiência como "a melhor em sua carreira": "Eu não posso nem explicar o quanto aquela Copa do Mundo significou para mim".

O Mundial ainda abriu portas para Park jogar na Europa. O meia teve, então, duas passagens pelo PSV da Holanda, além de defender a camisa do Manchester United por sete anos, inclusive no título da Liga dos Campeões em 2008.

À medida em que a Copa deste ano se aproxima, Park comentou sobre o objetivo da seleção da Coreia do Sul e como acredita que será a campanha da equipe: "Acho que (o objetivo) será sobreviver à fase de grupos. Ainda há uma lacuna entre os times da Ásia e os melhores do mundo. Isso significa que não podemos mirar a semi-final. E se olharmos para o sorteio, a maior parte dos asiáticos estava no pote 4. Isso mostra que ainda somos um continente fraco se comparado aos outros. Então vai ser muito difícil passar da fase de grupos e é nisso que precisamos focar. Para todos os times asiáticos, esse será o grande objetivo".

O meia falou também sobre o fato de, hoje, muitos dos jogadores da seleção atuarem fora do país. Para ele, essa oportunidade foi benéfica, já que não podem se preparar para a Copa da mesma forma como fizeram em 2002. Isso porque, naquela época, a maioria dos atletas jogavam na Coreia e eles se juntaram para "acampamento" para treinar. Hoje em dia, isso não é mais possível devido a regulamentações da Fifa e próprio fato dos jogadores atuarem fora do país.

"Então já que o tempo de treinamento é limitado, é muito importante que nossos jogadores vão para fora para ganhar experiência de enfrentar times e jogadores fortes. Isso pode elevar o nível da seleção e por isso sempre encorajei os jovens sul-coreanos a irem para o exterior. Especialmente para a Europa, para que possam se adaptar ao mais alto nível e melhorar a si mesmos.

Park ainda apontou seus favoritos para o Mundial da Rússia e se posicionou a favor da tecnologia no futebol. "O Brasil vem jogando bem e a Alemanha é muito forte. Mas é uma questão difícil. Será muito emociante assistir, porque é muito difícil escolher um time como favorito para essa Copa".

"A tecnologia está em todo lugar do mundo e em todos os esportes, então o futebol ser resistente. Então, sim, nós precisamos disso. Mas como usamos é a questão mais importante e temos de pensar sobre isso e ver o que é mais adequado para o futebol", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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