Augusto Melo não esperava apoio de elenco e cita 'segunda democracia' no Corinthians
Após vitória sobre o Vasco, presidente abre o jogo sobre processo de impeachment movido contra ele e se diz surpreso com iniciativa dos atletas
Satisfeito pela vitória do Corinthians por 3 a 1 sobre o Vasco, neste domingo (24), na Neo Química Arena, o presidente Augusto Melo comentou sobre o processo de impeachment movido contra ele. O mandatário alvinegro revelou que lhe causou surpresa o apoio público do elenco, que se pronunciou por meio de uma postagem conjunta nas redes sociais.
Augusto aproveitou para estabelecer um comparativo da situação atual com a 'Democracia Corinthiana', movimento popular ocorrido no clube na década de 1980.
"Hoje, chegando ao CT, fui pego de surpresa. Afinal, eles se reuniram após o treino e disseram que iriam se colocar a nosso favor. Na roda, até falei para eles que para mim foi uma grande surpresa. Seria muito complicado, eles como funcionários do clube, falarem esse tipo de coisa. Por outro lado eu elogiei eles e falei: 'Vocês já entraram para a história. O que fizeram hoje, aliás, é uma segunda democracia, e o Corinthians precisa disso'. São situações que nunca vivi isso aqui. Até me emocionei no vestiário. Hoje, portanto, somos uma família e todos têm prazer e estão felizes de jogar ali. Além disso, vocês perguntem para qualquer funcionário. Todo o departamento cada vez mais reestruturado. Entraram para a história! Isso é Corinthians e espero que esses órgãos também entendam o que é o Corinthians", disse.
Reunião do Conselho na próxima quinta
O Conselho Deliberativo do clube do Parque São Jorge se reunirá na próxima quinta-feira para votação no tocante ao impeachment de Augusto Melo. O processo vigente apura possíveis irregularidades na parceira entre a casa de apostas "Vai de Bet", patrocinadora máster do clube entre janeiro e junho, e o atual mandatário alvinegro, que se vê como vítima de um "golpe" em razão da falta de indícios para sua destituição do cargo.
Para ele no entanto, tal ação não passa de um "golpe", uma vez que não há embasamento por parte dos opositores para que ele seja destituído do cargo.
"Se eu devesse algo, já teriam pego. E eu seria o primeiro a entregar o cargo. Se alguém tivesse feito algo errada, eu teria demitido. Enfim, o Corinthians é isso: política o tempo todo. Pode ter certeza de que não vai ter esse golpe, não existe isso. Estamos a cada dia reestruturando o Corinthians, e vocês estão vendo. Levou tempo? Sim, não é fácil! Pegamos uma estrutura de 17 anos e estamos remodelando. Tivemos erros no começo? Sim. Se eu errar, farei com a minha caneta. Não posso mais ficar errando pelos outros, ter faca no pescoço para fazer isso ou aquilo. Quem ganhou a eleição fomos nós e, por isso, administraremos o Corinthians", frisou.
Augusto Melo pede união
Por fim, Augusto Melo deixou claro que mantém sua tranquilidade em relação ao processo e reivindicou maior união entre os torcedores.
"Não existe embasamento para o que eles estão fazendo. Foi uma surpresa receber essa notícia e em uma semana marcar essa reunião. Falaremos sobre isso no conselho e estamos muito tranquilos. Até porque não tem embasamento, legitimidade. Estamos sofrendo isso desde o primeiro dia em que assumimos o Corinthians. 'Ah, vamos derrubar ele em três meses', 'Vamos derrubar ele até o final do ano'. Até quando isso?' Se todos somos corintianos, parem com essa história porque estamos manchando a nossa imagem aqui fora. Estamos trazendo o Corinthians de volta para o corintiano, valorizando a instituição e talvez isso esteja incomodando alguém. É na véspera de um jogo que lançam algo e é após uma vitória que lançam outra. Estamos aqui para o bem do Corinthians. Tem que parar com isso. Vamos nos dar a mão. Se alguém quer se presidente, aqui dois anos tem outra eleição. QAuero deixar o Corinthians melhor do que peguei", finalizou.
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