Campeão paralímpico, D. Dias sonha com ouro corintiano no Japão
Daniel Dias, maior medalhista brasileiro em Paralimpíadas, visitou o Centro de Treinamentos do Corinthians nesta manhã, na reapresentação do elenco após a vitória sobre o Palmeiras. Enquanto os jogadores faziam uma atividade com bola no gramado, o nadador, acompanhado de seu pai, além do tio e primo, aproveitou o bom momento e foi conhecer o elenco de seu clube de coração.
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"É a primeira vez que venho aqui. Já estive em estádio, assisti jogos, mas conhecer os jogadores assim, nunca. Hoje tenho essa oportunidade de tietar um pouquinho e quem sabe até bater uma bola com eles (risos)", disse Daniel, que conquistou seis medalhas de ouro em Londres 2012.
Corintiano por ¿herança¿ de seu pai, o nadador constatou que este é o ano do clube paulista, por conta do inédito título na Libertadores - e a consequente classificação para o Mundial -, além de seu sucesso nas piscinas. Resta, para ele, completar a série de conquistas no Japão. "Espero que a gente feche com a medalha de ouro no Mundial", torceu.
Apesar de sua paixão pelo clube alvinegro, Daniel não deve seguir a equipe em dezembro no país asiático. Atento à rápida venda dos ingressos para a competição, que pode se encerrar com uma final diante do Chelsea, da Inglaterra, o brasileiro, que posou para fotos com Romarinho, pensa em aproveitar o período de férias e torcerá apenas de sua casa. "Só vou se o Corinthians me levar", disse, entre risos.
Aos 24 anos e com um currículo recheado de conquistas - já são 15 medalhas olímpicas, maior número de um atleta do País - Daniel projeta nadar por mais oito anos. Apesar do sucesso em Londres, ano mais positivo de sua carreira, o principal brasileiro na Paralimpíada espera chegar ao seu melhor momento apenas em 2016, durante a Olímpiada no Rio de Janeiro.
"Não vou dizer que este foi meu ápice, porque quero estar ainda melhor no Rio 2016", avisou Daniel, projetando a importância de o País receber os próximos principais eventos esportivos: a Copa do Mundo, em 2014, além da Olimpíada e Jogos Paralímpicos, ambos dois anos depois.
"Quero, como atleta, representar bem o Brasil. Como torcedor, espero que tanto na Copa, quanto nas Olimpíadas e as Paralimpíadas o Brasil mostre que pode entrar para a história, que não é apenas o país do futebol. Temos que provar que existe investimento em todos os esportes e que somos uma potência mundial", avisou, sem deixar de cobrar, o corintiano nadador.