Corinthians mantém contato com Esportes da Sorte e se vê protegido por contrato
Casa de apostas está proibida de operar nacionalmente e não pode aparecer na camisa dos times que patrocina
O Corinthians mantém contato com a Esportes da Sorte e se vê protegido no contrato assinado com a casa de apostas, que está proibida de operar no País pela Secretaria de Prêmios e Apostas, do Ministério da Fazenda, desde o dia 1º de janeiro de 2025, já que não obteve licença nacional.
O clube foi sondado por outras casas de apostas, em meio a incerteza com o atual patrocinador, mas acredita que a Esportes da Sorte conseguirá a licença para operar nacionalmente. Enquanto isso não acontece, porém, tem sondagens de outras empresas.
Até então, a Esportes da Sorte operava sob a licença da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), mas o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu essa licença. Dias depois, a Loterj entrou com recurso, que foi rejeitado pelo ministro, mantendo o veto.
A Esportes da Sorte patrocina, além do Corinthians, Bahia, Ceará e Grêmio - sendo que não é parceira máster no caso do clube gaúcho - e está proibida de fazer publicidade fora do Estado do Rio de Janeiro, isto é, não pode estampar sua marca na camisa dos times dos quais é parceira.
O contrato com o Corinthians prevê pagamento de R$ 309 milhões por três anos, com metas que podem aumentar o valor. Além disso, A Esportes da Sorte banca o salário de R$ 3 milhões mensais de Memphis Depay. A empresa também pagou parte dos R$ 2 milhões que Luis Suárez recebia por mês enquanto defendeu Grêmio.
Em outubro do ano passado, a CBF deliberou que apenas bets contempladas com licença do Ministério da Fazenda poderiam ter publicidade em competições nacionais. A única exceção era relativa às empresas autorizadas pela Loteria do Rio, detalhe que caiu por terra frente à decisão do STF.
No último dia de 2024, o Ministério da Fazenda publicou 15 portarias que regulam o mercado das apostas de quota fixa no País a partir de 2025, com autorizações definitivas e provisórias. As empresas deverão pagar uma outorga de R$ 30 milhões para começar a operar.
Além disso, há normas para que as operadoras coíbam fraudes, lavagem de dinheiro e publicidade abusiva. As práticas foram elaboradas pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda e aprovadas no Congresso. Uma delas é que os sites terão de utilizar o domínio "bet.br".