Corinthians promete acompanhar Caso Amarilla e alfineta Boca
Gerente de futebol, Edu Gaspar diz que "estaria muito preocupado se fosse o Boca Juniors"
Apesar da derrota para Santos no último sábado, outro resultado adverso foi assunto no Corinthians nesta segunda, a eliminação para o Boca Juniors na Libertadores de 2013. Foram divulgadas no último domingo escutas do ex-presidente da Conmebol, Julio Grondona, que dão a entender que influenciou na escolha do árbitro Carlos Amarilla para a partida, insinuando que houve pressão da entidade para a polêmica arbitragem do paraguaio naquele jogo. O gerente de futebol Edu Gaspar prometeu que o clube alvinegro acompanhará de perto as investigações, e mandou um recado para o Boca: tenha medo.
"Vamos acompanhar bem de perto o que aconteceu. Se fosse o Boca Juniors, estaríamos muito preocupados, porque veio mais da parte deles do que da nossa, nós somos vítimas no caso. Vamos aguardar, pouca coisa saiu, mas vamos estar muito atentos, podem ter certeza, ao ocorrido. E o Corinthians vai estar também à disposição para que a gente possa passar a limpo tudo o que foi comentado ontem", afirmou Edu.
A gravação que envolve o Corinthians foi feita em 17 de maio de 2013, dois dias depois do jogo que eliminou o Corinthians no Pacaembu. O grande personagem da classificação do Boca na ocasião foi o árbitro paraguaio Carlos Amarilla, que anulou gols, não assinalou pênaltis e revoltou os alvinegros no empate por 1 a 1 em São Paulo.
O diálogo de Grondona com Abel Gnecco, diretor da Escola de Árbitros da AFA e representante da entidade no Comitê de Arbitragem da Conmebol, mostra risadas e indica influência do dirigente, já morto, na escolha de Amarilla para apitar o confronto. “Ninguém queria este louco de m..., e o maior reforço que o Boca teve no último ano foi Amarilla”, afirmou Grondona em um trecho da conversa.
A atuação de Amarilla sempre foi alvo de muitas reclamações dos corintianos. O próprio gerente de futebol perdeu a postura profissional ao comentar a atuação do árbitro durante o seu pronunciamento.
"Para mim ele não tinha que sair do Pacaembu. Indo lá para trás, viu que foi uma coisa absurda. Eu vou dizer uma coisa muito pessoal. Quando começou o jogo, no minuto sete, acho que o Alessandro estava do meu lado e falei: 'vamos ter dificuldade para vencer esse jogo'. A forma que ele estava apitando, a foma como amarelou o Sheik logo no começo, a forma como se dirigia aos nossos atletas, já via uma certa dificuldade", disse Gaspar.
Apesar de o Corinthians estar atento aos desdobramentos, o time admite que é muito difícil prever o que poderá ser feito caso se comprove que o resultado da partida foi manipulado. O clube apenas diz que acompanhará o que deve acontecer, para aí sim estudar se é possível algum tipo de compensação.
"É precoce falar algo que podemos ir atrás. temos que esperar o pronunciamento dos réus, vamos falar assim, as pessoas que estão com seus devidos problemas. Vamos esperar um pouquinho para que a gente possa ter uma solução, porque é muito precoce ainda", explicou Edu Gaspar.