Invasão ao CT do Corinthians: Polícia identifica 25 torcedores, que responderão por crime
Grupo de torcedores organizados cortou o alambrado para entrar no CT do Timão
Uma semana após a invasão ao centro de treinamento do Corinthians, a Polícia Civil avançou em sua investigação e identificou 25 torcedores envolvidos no ato.
Em contato com a reportagem do LANCE!, o delegado Cesar Saad, do DRADE (Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva), disse que eles foram identificados pelas câmeras de segurança do clube e responderam pelo crime de invasão, previsto no artigo 41-B do Estatuto do Torcedor.
A pena prevista pode variar de um a dois anos de reclusão, mas admite transação penal, com o pagamento de fiança ou responder em liberdade.
Ainda segundo Cesar, as torcidas organizadas assumiram participação no ato, e algumas lideranças conversaram com o delegado, ajudando na identificação dos torcedores.
Dos 25 identificados, 18 já prestaram depoimento na delegacia e foram liberados, de acordo com o ge. Os outros suspeitos prestarão depoimento nos próximos dias.
Após a conclusão do inquérito, a Polícia Civil vai notificar a CBF e a FPF para que proíbam a entrada dos invasores nos estádios.
RELEMBRE O CASO
Na última sexta-feira (17), um grupo de torcedores organizados cortou parte do alambrado e conseguiu invadir o CT Joaquim Grava. Eles entraram em um dos campos e conversaram pacificamente com o elenco e comissão técnica, mas sob tensão. O único representante da diretoria foi Alessandro Nunes, gerente de futebol.
O grupo estendeu faixas chamando o elenco corintiano de incompetente e cobrando a saída do diretor Roberto de Andrade. O Corinthians publicou uma nota de repúdio, lamentando o ocorrido e salientando que sempre esteve aberto ao diálogo.
Dias após o incidente, Duílio Monteiro Alves retornou de viagem e confirmou que Roberto pediu demissão após temer pela sua segurança. O mandatário corintiano e Alessandro exercerão a função de Roberto.