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Mano Menezes cita Fortaleza como "exemplo" e nega falta de ânimo do Corinthians em eliminação na Sula

4 out 2023 - 00h37
(atualizado às 01h31)
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O técnico Mano Menezes negou que tenha faltado "ânimo" para o Corinthians na partida que resultou na eliminação na semifinal da Copa Sul-Americana, para o Fortaleza. O comandante analisou as dificuldades do Timão no jogo e aproveitou para citar o Leão do Pici como exemplo a ser seguido.

"Não acho que o problema seja ânimo. Isso é um pouco velho no futebol. Muitas vezes a arquibancada pede raça, e quando o que não tem é outra coisa. Não falta motivação aos jogadores, o que eu penso que temos que dar à equipe já falei. Não vou falar muito, porque fica parecendo que estou transferindo responsabilidade. Estou aqui porque quis estar aqui. Sei que poucos profissionais aceitariam esse trabalho, no meio de uma semifinal. Quis estar aqui porque considero a possibilidade de iniciarmos um novo trabalho à longo prazo no Corinthians", comentou Mano em entrevista coletiva.

Questionado sobre o grande número de técnicos que o Timão teve no ano, o treinador citou o Fortaleza como um exemplo a ser seguido no futebol brasileiro. Na visão do comandante, o clube nordestino "se preparou" para chegar à final da Sul-Americana.

"Não é fácil passar por tantas ideias diferentes em curto espaço de tempo e isso funcionar bem, não tem como. Quero dar uma ideia simples, segura, para eles executarem. Não pode ser algo complexo nesse começo de trabalho. Tenho certeza que eles vão conseguir", disse.

"Todo mundo quer ser campeão no Brasil, justo que o torcedor queira, mas os clubes passam por momentos que o afastam de conquistas. As conquistas são quase exceções. Perdemos a vaga para a final para um time que se prepara a muito tempo para isso. Esse exemplo temos que seguir. Montar, trabalhar para estarmos em nível competitivo no continente. Temos que nos preparar para poder ganhar, dizer ao torcedor que estamos preparados", finalizou.

O Corinthians perdeu para o Fortaleza por 2 a 0, com gols de Yago Pikachu e Tinga. O Alvinegro mais uma vez não teve grande atuação, e pouco assustou os mandantes.

O Timão igualou sua melhor campanha na Sula, quando foi semifinalista em 2019. O clube nordestino, por sua vez, alcançou sua primeira final internacional na história.

Agora, o Fortaleza espera quem avançar do confronto entre Defensa y Justicia e LDU, que se enfrentam nesta quarta-feira para definir o outro finalista. Na ida, os equatorianos venceram por 3 a 0 e largaram em vantagem.

O Corinthians volta a entrar em campo no próximo sábado, contra o Flamengo, na Neo Química Arena.

Veja outros trechos da coletiva de Mano Menezes:

Atuação contra Fortaleza

"A gente só preparou o jogo em si, porque não tinha muito tempo para fazer algo diferente. Observamos coisas que haviam sido feitas até então, respeitamos a maioria das partes que trouxeram a equipe até aqui, o futebol tem que ser o mais justo possível. Analisamos o adversário, o tipo de jogo que fazia. E tomamos decisões. Não acho que falte preparação mental para o jogo, a equipe tem alguma dificuldade para jogar, me parece bem claro. Abordamos isso na apresentação. As escolhas levaram isso em consideração, buscar aproximar um pouco mais, fazer com que a equipe tivesse mais posse, para não sofrer pressão. Nos primeiros 45 minutos nós suportamos bem defensivamente, tivemos duas oportunidades de saída, uma delas clara. Cássio fez uma defesa, mas o Fortaleza rondou nossa área, com volume de jogo, escanteios… Fomos ao intervalo, conversamos para fazer pequenos ajustes, para ter uma transição de jogo mais elaborada por dentro, mas voltamos sofrendo pelo lado direito um pouco mais, eles em um desses escanteios a bola voltou e rebate, o segundo também foi do rebote de um escanteio. Isso deu uma condição para o Fortaleza administrar. Nós tentamos, mas é pouco o que entregamos para tentar um resultado diferente, para ir à final".

Reformulação no Corinthians

"É sempre muito inadequado falar depois de uma eliminação se vamos encerrar ciclo desse ou daquele jogador. Estamos aqui para fazer o trabalho que tem que ser feito. Futebol é assim. Os ciclos se encerram, a cada ano no Brasil você monta uma nova equipe, com raras exceções e vamos trabalhar o restante do Brasileiro para fazer a equipe melhorar. Acho que nessa hora da derrota, se a gente começar a apontar o dedo, ninguém serve. E futebol não é assim. Quando o coletivo está melhor, os jogadores se recuperam e entregam mais. Isso que preciso dar à equipe, prometi a eles, dar uma ideia de jogar, não jogar por jogar. Precisamos de uma ideia, e vamos ter os jogadores adequados para fazê-la mais vezes. Com os resultados, vamos ter mais confiança. Precisamos ter uma avaliação de amostragem maior, é mais justo com o clube e com os jogadores".

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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