Pivô de polêmica diz que Amarilla errou “sem querer”
O ex-árbitro Abel Gnecco se pronunciou nesta segunda-feira sobre a polêmica da arbitragem de Carlos Amarilla na partida entre Corinthians e Boca Juniors, na Copa Libertadores de 2013. O dirigente argentino foi quem conversou na ligação gravada com o ex-presidente da AFA, Julio Grondona, que comemorou os erros do paraguaio contra o time alvinegro.
Em entrevista ao Olé, Gnecco alegou que o diálogo foi mal-interpretado e negou que tenha existido qualquer complô com Amarilla, na partida em que o Corinthians teve dois gols legítimos anulados e dois alegados pênaltis não marcados.
"Ele (Amarilla) fez isso sem querer, são erros que qualquer árbitro pode ter. E há erros do assistente, ele não pode ver os impedimentos", comentou o dirigente. Na ligação revelada há cerca de duas semanas pela imprensa argentina, Grondona disse que Amarilla foi "o maior reforço do Boca Juniors no último ano".
Porém, Gnecco justificou a declaração do ex-presidente da Associação de Futebol da Argentina, que morreu em 2014. "Ele disse isso porque não queriam o Amarilla aqui. E falou com ironia que terminou sendo um reforço do Boca. Ele falou sem má-fé, foi um comentário de boleiro. Mas depois começou aqui essa volta toda".
O dirigente, que representava seu país na Conmebol, ainda reiterou que já manifestou sua defesa em relação ao paraguaio. "Eu já enviei uma nota à Conmebol e à Associação de árbitros do Paraguai deixando claro que eu não conhecia o Amarilla pessoalmente".
Na entrevista desta segunda, Gnecco disse que queria a escolha do árbitro para o jogo no Pacaembu por uma questão de confiança. "Eu gostava do Amarilla porque se parecia comigo quando eu dirigia, sempre com cara séria, duro, de poucas palavras com os jogadores", completou.