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Rock in Rio: Iron Maiden inspira Zé Elias: 'Me desligo do mundo, esqueço dos problemas'

Som pesado da banda inglesa, atração na abertura do festival que começa nesta sexta, influencia vida e carreira do ex-jogador do Corinthians e da seleção

2 set 2022 - 10h10
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"Sempre que ouço as músicas do Iron Maiden, eu me desligo do mundo, esqueço dos problemas, das coisas que me incomodam e foco nas soluções", ressalta Zé Elias, que já tem programa para esta sexta-feira à noite, quando terá início mais uma edição do Rock in Rio. Uma das atrações mais esperadas é a banda inglesa Iron Maiden, que subirá ao Palco Mundo do festival para enlouquecer seus milhares de fãs espalhados pelo planeta, entre eles o ex-volante do Corinthians e da seleção brasileira. Zé Elias é comentarista dos Canais Disney. Sua paixão pelo rock quebra a tradição de atletas fãs de música sertaneja.

"A banda Iron Maiden está presente em todos os dias de minha vida. E isso não é exagero. Sou fã mesmo. No carro, indo para o trabalho ou quando vou buscar meus filhos na escola, sempre ouço. Às vezes eu estou mal, pois aconteceu alguma coisa desagradável, então começo a ouvir o som dos caras e o meu astral muda", destaca o Zé da Fiel, apelido que recebeu quando atuava no time de Parque São Jorge no início dos anos 1990.

Devido a compromissos profissionais na ESPN (canal de esportes do Grupo Disney), onde trabalha, Zé Elias não irá assistir in loco à apresentação do Iron Maiden no Rock in Rio deste ano. Mas, no domingo, a banda estará em São Paulo e ele já garantiu presença no Legacy of the Beast World Tour 22, que será realizado no Morumbi.

"Domingo, estarei lá no Morumbi com minha mulher. Ela comprou as entradas e me deu de presente antecipado. Esta será a quinta vez que irei a um show deles e certamente será mais um dia inesquecível em minha vida", acredita José Elias Moedim Júnior, natural de Guarulhos, em São Paulo, e que no próximo dia 25 completa 46 anos.

PAIXÃO NASCEU NA ADOLESCÊNCIA

Lá se vão mais de 30 anos desta relação com a banda inglesa. "Eu tinha uns 10 ou 12 anos, quando fui até a casa dos meus primos na Vila Maria (bairro da zona norte de São Paulo). Meu primo mais velho, o Edílson, curtia o Iron e eu achava demais aqueles discos com imagem de caveiras. Aquele som pesado era fascinante para mim e eu já curtia muito ouvir os solos de guitarra. Ali, tudo começou. Depois com 14, 15 anos, eu comecei a escutar no walkman as coletâneas que os amigos gravavam para mim", recorda Zé Elias, admitindo que perdeu a conta de quantos discos, CDs e DVDs possui.

Zé Elias com Steve Harris, baixista de Iron Maiden Foto: Arquivo Pessoal

Zé Elias não é radical quando o assunto é gosto musical. Apesar da predileção pelo heavy metal, em sua playlist também há espaço para outros ritmos. "Meu avô era músico e, às vezes, escuto também samba, sertanejo e música clássica. Brinco sempre dizendo que Beethoven era o roqueiro mais antigo."

CONCENTRAÇÃO ANTES DAS PARTIDAS

Em 1993, quando nem havia completado 17 anos, Zé Elias já vestia a camisa do Corinthians pela primeira vez, oportunidade dada pelo então treinador Mário Sérgio, morto no acidente do avião da Chapecoense. Sonho realizado como jogador profissional sempre acompanhado da paixão pela música. Em dias de jogos, Zé Elias ouvia "Wasted Years", um dos sucessos do Iron Maiden.

"Eu sempre escutava esta música em dias de jogos desde quando saía do hotel para o estádio. A música é sensacional e a letra me remetia à vida de um jogador de futebol e me fazia ter os pés no chão, lembrar das minhas origens, de onde eu vim e o que eu estava passando. Eu não podia me lamentar e Wasted Years era justamente isso, pois a letra dizia que não poderíamos nos lamentar já que vivíamos anos de ouro. Isso representava muito para mim."

UM JOGO INESQUECÍVEL COM O IRON

Ir a um show da banda favorita já era um sonho. Imagina, então, jogar uma pelada com integrantes do Iron Maiden. Isso aconteceu em 2019, no Rio. A banda inglesa estava no Brasil para participar da edição do Rock in Rio daquele ano e como o baixista e compositor do Iron Maiden, Steve Harris, adora futebol, inclusive tendo uma passagem sem sucesso pelo West Ham (equipe londrina, que recentemente anunciou a contratação de Lucas Paquetá), Harris propôs um jogo amistoso entre alguns integrantes da banda e ex-jogadores, em um evento organizado por Bruno, filho do Zico.

"Estava participando de um programa na TV com o Djalminha e o Fábio Luciano, e o Djalma me perguntou se eu não queria ir para o Rio para jogar uma partida contra uma banda de rock. Quando ele me disse que era o Iron, eu aceitei na hora. Já pensou jogar futebol com os caras que eu admirava desde moleque? Fui e chegando lá eu parecia não acreditar. Até brinquei com o Steve Harris, que é torcedor fanático do West Ham, dizendo que ajudei o Manchester United a ser campeão da Champions em 1999, pois jogava na Inter de Milão e perdi um gol, que fez com que eles avançassem e depois ganhassem o título. Então, ele me disse para eu continuar errando para o time dele ganhar do meu. E nós rimos muito", lembra o ex-jogador que naquele dia derrotou o time dos músicos por 5 a 4.

Os laços entre fã e ídolo se estreitaram ainda mais depois daquele encontro. Tanto que, após o show no Rock in Rio de 2019, a banda veio a São Paulo para uma apresentação no Morumbi e Zé Elias foi o convidado de honra. "Foi o primeiro show que meu filho assistiu no estádio. Eles me mandaram os ingressos. Depois me buscaram no camarote e me levaram até o palco antes do show começar. Como eles sabiam que eu era muito fã do Adrian Smith (guitarrista), eles deixaram eu tirar uma foto ao lado da guitarra do cara. Realmente foi um dia especial. O que era paixão virou uma coisa fantástica. São memórias eternas," diz o fã do Iron.

Estadão
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