Tite conta sobre reforços: "Adriano e Alex ficaram pertinho"
- Dassler Marques
- Direto de São Paulo
Na defesa, Julio Cesar, Moacir, Chicão, Leandro Castan e Roberto Carlos. Os volantes, Jucilei e Ralf. Mais três meias: Dentinho, Bruno César e Jorge Henrique. À frente, Ronaldo. Foi com esses onze titulares que o Corinthians iniciou seu fiasco diante do Tolima na fase qualificatória da Copa Libertadores. Estava nítida a necessidade de reforços, mas todos eram remanescentes do ano anterior. A direção corintiana achou que podia bater os colombianos com o que já tinha em mãos. E se enganou.
Nos últimos dias, reforços de médio porte como Wallace, Fábio Santos e Cachito Ramírez mostraram utilidade para o treinador Tite. O que dizer então de Liedson e sua média superior a um gol por jogo na volta ao Corinthians? Os quatro nomes novos provaram as deficiências do elenco que sucumbiu contra o Tolima. Mas, fevereiro vai se encerrando, e as outras contratações de peso não chegam.
Nesta entrevista exclusiva concedida ao Terra, o treinador Tite fala mais a respeito do assunto contratações, o que ajudou a motivar até a contratação de William Machado para o departamento de futebol. Segundo o técnico, as prioridades continuam sendo um meio-campista e um zagueiro - para os lugares de Elias e do próprio William. Se possível, também um centroavante.
Ainda segundo o treinador, Adriano, Luís Fabiano e o meia Alex estiveram muito perto. Do ex-colorado, inclusive, Tite confidencia ter tido uma conversa com ele, a mãe e a mulher. "Queria jogar no Corinthians". Já o jovem atacante Jô, que foi cogitado para subir aos profissionais, é criticado. "Precisa rever sua conduta".
Na próxima terça-feira, o Terra publica a íntegra do papo com Tite. Por enquanto, veja o que ele falou sobre reforços:
Terra - Quais são os jogadores e com quais características você efetivamente quer contar no Paulista?
Tite - Um meio-campista com dupla função. Que tenha consistência defensiva, mas que seja também um armador. E ainda um defensor. São as posições urgentíssimas. Com o Chicão machucado, temos três zagueiros nesse momento. É muito pouco.
Terra - Não falta outro atacante depois de perder o Ronaldo?
Tite - Sim, um pivô. Seria importante ter na base para suprir isso. O Jô era a aposta, mas tem tido problemas desde a base e também em treinos conosco. O Elias Oliveira é de velocidade, mas isso a gente já tem. O Jô tem que encontrar as pessoas com ascendência sobre ele no departamento amador e rever sua conduta. Esse é o primeiro passo. Se não mudar, vai ficar difícil.
Terra - E esses nomes você realmente quer já para o Paulista?
Tite - Pra ontem (gargalhadas). Preciso para ontem, pela grandeza do Corinthians. Independente do Jucilei e do Roberto, que saíram. Eu já dizia no fim do ano e tu lembras bem. Não gosto de falar "eu disse". Não gosto! A direção está procurando e sei como é difícil.
Terra - Você às vezes diz que alguns jogadores estiveram perto e não chegaram. Pode dizer quem são?
Tite - Luís Fabiano, Adriano, Alex (ex-Internacional). Esteve ali, oh. Pertinho. E aí não aconteceu. Há outros que não lembro. Conversei com o Alex. Ele queria vir. Vou cometer uma inconfidência até. Sei muito dele em termos familiares. Conversei com a mãe e a esposa. Sei o quanto ele pesa o lado familiar e preserva estar perto deles.
Terra - O Corinthians busca um zagueiro, assim como o Cruzeiro buscava. Eles contrataram o uruguaio Victorino, que já chegou muito bem. Vocês observaram esse jogador?
Tite - São fatores empresariais, valores que rodam por trás. É muita coisa. Eu enfrentei o Victorino na Copa Sul-Americana pela Universidad. Mas nós procuramos um jogador com característica importante e que tenha essa desenvoltura.