Votação do impeachment de Augusto Melo é suspensa pelo Conselho do Corinthians
A reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians que votará o impeachment do presidente Augusto Melo foi suspensa nesta segunda-feira (20).
A reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians que votará o impeachment do presidente Augusto Melo foi suspensa.
Após cinco horas e meia e uma votação prévia pela admissibilidade do pedido, os conselheiros do clube decidiram por terminar o encontro e remarcá-lo para outro dia.
Com isso, Augusto Melo segue na presidência do Corinthians, mas ainda corre o risco de ser afastado do cargo por suspeita de irregularidades no contrato de patrocínio com a VaideBet, infração da Lei Geral do Esporte e desrespeito ao estatuto do clube.
Horas antes de começar a reunião, a defesa de Augusto Melo entrou com um novo pedido de liminar na Justiça pedindo o efeito suspensivo do encontro, porém, o juiz Erasmo Samuel Tozetto manteve o indeferimento por compreender que a convocação da votação respeita o estatuto do Corinthians.
Como já tinha acontecido em dezembro, na votação que foi cancelada minutos antes de começar, as torcidas organizadas do clube marcaram presença na entrada da sede para fazer pressão nos conselheiros. O grupo é contrário ao impeachment e, com isso, apoia Augusto Melo.
Os torcedores organizados levaram sinalizadores, cartazes cobrando o conselheiro e ex-diretor de futebol Rubens Gomes, o Rubão, e faixas em referência o grupo de oposição 'Renovação e Transparência', que tem como membros os ex-presidentes Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves.
Dentro do Parque São Jorge os conselheiros também estavam em um clima tenso. No começo da reunião, Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, e Augusto Melo, presidente do Corinthians, trocaram alfinetadas, chegaram a deixar o dedo em riste um em direção ao outro e precisaram ser controlados pelos seus pares.
O encontro foi interrompido por 10 minutos para que os todos se acalmassem e a ordem fosse restabelecida. De acordo com pessoas ligadas o grupo político de Augusto Melo, a confusão começou porque Romeu Tuma Júnior queria "acelerar" a votação sem respeitar os ritos do Conselho.
Quando a reunião começou, Tuma abriu votação pela admissibilidade do pedido de impeachment, uma espécie de pré-votação. Os conselheiros foram chamados por nome e, um por vez, depositaram as cédulas na urna.
No final, Augusto Melo teve uma derrota apertada com 126 fotos a favor da admissibilidade contra 114. Quando a segunda reunião seria iniciada, o Conselho decidiu por suspender a reunião por entender que não tinha garantia da segurança dos presentes.