Costa Rica teme "piscinazos" de Robben e cogita até expulsão
O técnico da Costa Rica, Jorge Luis Pinto, repetiu diversas vezes durante a entrevista desta sexta-feira que não tem medo da Holanda para o duelo deste sábado, às 17h, em Salvador, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Mas uma das perguntas conseguiu arrancar do colombiano uma confissão de medo: questionado sobre as possíveis simulações do atacante Arjen Robben, o treinador mudou o tom e aproveitou para fazer pressão sobre a arbitragem do uzbeque Ravshan Irmatov.
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"Esta foi uma das perguntas mais importantes que já me fizeram neste Mundial", começou Pinto, adotando uma postura séria que não combinou com suas declarações anteriores. "O mais delicado, do que mais temos pavor, é a simulação. Fazemos aqui um apelo à Fifa. Considero Robben um dos três ou quatro melhores jogadores do mundo, mas temos que reconhecer que a arbitragem não pode cair nisso. Os 'piscinazos' de Robben, ele mesmo admitiu que fez isso. Por favor, estejam atentos a isso".
O atacante holandês causou polêmica após a partida das oitavas de final contra o México, em que a seleção europeia venceu por 2 a 1 com um gol de pênalti muito contestado pelos derrotados no último minuto. Robben reconheceu que tentou simular uma penalidade durante o jogo, mas negou que tenha sido no lance que determinou a vitória. Nesta jogada em particular, ele realmente foi derrubado pelo zagueiro Rafa Márquez, mas valorizou o lance e saltou quando sentiu o contato.
Perguntado sobre a melhor maneira de coibir possíveis simulações, Pinto não hesitou e pediu que o árbitro "assuste" o holandês com um cartão amarelo logo nos primeiros minutos do jogo. "Pode ser, é o mais lógico (um cartão de cara). Por que não se pode expulsar um jogador com dois amarelos por simulação? Seria algo histórico. Pode ser, vamos ter confiança", disse o sorridente treinador.
Por fim, o colombiano lembrou ainda erros históricos de outras Copas do Mundo, como o gol de Lampard não validado contra a Alemanha em 2010, bem como o do espanhol Francisco, em 1986, na derrota para o Brasil. "Não quero que aconteça um erro como com a Inglaterra no Mundial da África do Sul, ou como em 86, em Espanha x Brasil. Que todos estejam muito atentos, pois pode ser tremendamente delicado para um resultado", disse Pinto.