Buffon pretende jogar até os 50 anos e sonha em defender a Itália na Copa de 2026
Goleiro entende que, neste momento, não tem espaço no grupo do Roberto Mancini e, por isso, não se imagina no Catar
Gianluigi Buffon nem sonha com a aposentadoria dos gramados. Nesta sexta-feira, ao completar 44 anos, o único campeão do Mundo com a Itália em 2006 ainda em atividade revelou que pretende disputar mais seis temporadas e o sonho de defender o país na Copa do Mundo de 2026. Se tornaria o único jogador presente em seis edições da principal competição de futebol do planeta.
Reserva em 1998 e titular em 2002, 2006, 2010 e 2014, Buffon poderia bater o recorde em 2018, quando ainda defendia o país, mas a vaga à Copa da Rússia não veio. A Itália ainda pode ir ao Catar, via repescagem, mas o experiente goleiro não se vê no grupo e mostrou respeito às decisões do técnico Roberto Mancini.
"Vamos ver como terminamos esta temporada. Sinto a responsabilidade de representar o Parma e os torcedores do clube, que me dão amor incondicional. Defini uma meta: se a Itália não se qualificar para o Mundial do Catar, quero estar no próximo. Não seria uma surpresa para mim estar em grande forma aos 48 anos. Penso que posso jogar até os 50", afirmou o goleiro, em entrevista à Gazzetta dello Sport.
Sem defender a Itália desde 2019 por opção de Mancini, que explicou tudo a ele em um conversa franca, Buffon não se vê na Copa de 2022, caso a seleção alcance a vaga, mesmo como terceira opção no elenco. Donnarumma é o titular absoluto.
"Não sonho mais. A dinâmica atual me faz pensar que estar no Catar seja impossível", disse. "É justo e respeito os pensamentos e escolhas de um homem inteligente como Mancini. Falamos a última vez há três anos. E é correto que ele aja da forma que acha melhor até para proteger o grupo", seguiu. "Além disso os goleiros são bons."
Técnicos costumam fechar seus grupos e dificilmente surpreendem com convocados apenas para a Copa. Buffon não esteve no ciclo para o Catar e até desconversa sobre a possibilidade em ajudar sendo um líder importante no elenco. "Não cabe a mim fazer este tipo de reflexão. Certamente Chiellini e Bonucci têm enorme experiência", apontou os ex-companheiros de Juventus como as vozes a serem ouvidas no atual grupo.