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Diego Costa

Diego Costa e Bruno Lage disparam contra arbitragem após gol anulado do Botafogo e insinuam armação

Jogador, técnico e dirigentes do clube carioca acreditam que há 'manipulação' no Campeonato Brasileiro para que ele siga equilibrado até o fim; vantagem na liderança caiu para sete pontos

17 set 2023 - 09h13
(atualizado às 09h13)
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O Botafogo não digeriu bem a derrota para o Atlético-MG por 1 a 0, no último sábado, 16, na Arena MRV, pela 23ª rodada do Brasileirão, muito pela decisão da arbitragem em anular um gol polêmico marcado por Diego Costa, que seria o de empate do clube carioca. A diretoria foi até a coletiva de imprensa de Bruno Lage para criticar a postura dos árbitros, e os próprios técnico e atacante reclamaram do ocorrido. Sobrou até mesmo para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Os protestos começaram já dentro de campo. Diego Costa mostrou total irritação com a decisão dos juízes de anular o gol do Botafogo. Ele foi falar inúmeras vezes com o árbitro e não o poupou de críticas quando questionado sobre o lance. Segundo o atacante, e não validação não foi por conta de critérios ou aplicação de regras, mas sim uma tentativa de "equilibrar" a disputa pelo título.

"Está claríssimo que foi gol legal", comentou Diego Costa ao fim da partida. "Acho que eles aí meteram a mão na questão da interpretação. Nem pensou, nem olhou muito. Sabemos que para a competição ficar mais atrativa tem que deixar o Botafogo mais próximo dos adversários", disse. A distância do alvinegro para o vice-líder, Palmeiras, caiu para 7 pontos depois da última rodada.

"Infelizmente de novo a gente vê um erro capital, inaceitável da arbitragem", comentou André Mazzuco, diretor executivo de futebol do clube carioca. "Por mais que o assistente tente nos explicar, com toda a educação, não nos convence. Tivemos um lance com o Flamengo em que o gol contra do Marlon não foi anulado mesmo com Bruno Henrique impedido. Nós conversamos com a CBF, e hoje o critério é diferente".

"Tivemos um gol legal anulado, e a explicação é que o zagueiro se preocupa com Diego Costa. Vocês podem olhar o lance por diversas vezes: o Diego Costa está parado, o zagueiro está marcando o Janderson e tira a bola como tinha que tirar, e a bola sobra no pé do Diego, que faz o gol. Isso é inaceitável", complementou o dirigente, dizendo ainda que o Botafogo vai à CBF em toda rodada para apontar erros de arbitragem, mas que "nada acontece".

O coro foi seguido pelo técnico Bruno Lage, que, assim como Diego Costa, indicou que o Campeonato Brasileiro estaria sendo manipulado para que tenha emoção até o final. O treinador afirmou que "coisas duvidosas" estão acontecendo nas últimas rodadas.

"Reforço a posição do meu diretor e vou meter ainda mais o dedo na ferida. Cheguei aqui há dois meses e sinto que há critérios muito diferentes em outros tipos de jogos. Dá a sensação que se quer que o campeonato continue animado até o fim", insinuou o português. "Já vi muitos lances do VAR em outros jogos com um critério completamente absurdo e, contudo, o que aconteceu nos últimos dois jogos têm nos prejudicado".

"Lamentavelmente, tem acontecido muitos erros e não é só nos nossos jogos. São em outros também, o que de alguma forma tem contribuído para que a classificação continue equilibrada. Coisas duvidosas e lances inexplicáveis têm beneficiado e prejudicado equipes", afirmou o treinador.

"Se tiver que ser contra tudo e contra todos, nós vamos contra tudo e contra todos. Para nos vencer, tem que ser dentro da igualdade. Podem até nos botar num campo de batatas que vamos com tudo. Parece que faz mal ao campeonato que as coisas fossem decididas muito cedo", concluiu Bruno Lage.

O próximo desafio do Botafogo é diante do Corinthians, no dia 22 de setembro, às 20h, na Neo Química Arena. O Palmeiras é a equipe mais próxima do alvinegro, e os dois ainda fazem um confronto direto. O Grêmio, terceiro colocado, tem um jogo a menos e pode diminuir a desvantagem dele para o líder para nove pontos, caso vença a partida atrasada. O clube gaúcho também ainda não enfrentou o Botafogo no segundo turno.

Estadão
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