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Diego Costa

Janela de transferências abre na Europa com expectativa de poder financeiro reduzido

Impacto da pandemia do novo coronavírus deve fazer clubes buscarem diferentes operações para contratar reforços

2 jan 2021 - 05h10
(atualizado às 05h10)
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A janela de transferências do futebol europeu começa neste sábado com a abertura dos mercados na Inglaterra, na França e na Alemanha e a apresentação de indícios de como as negociações vão se portar pelos próximos anos. Pela primeira vez o período terá o forte impacto da saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit. Além disso, os efeitos da pandemia do novo coronavírus devem se fazer ainda mais presentes.

De acordo com estimativa do próprio Campeonato Inglês, os times tiveram um prejuízo de cerca de R$ 5 bilhões com as partidas disputadas com portões fechados e a perda de receitas geradas pela crise. Por isso, a imprensa local prevê que a janela será marcada principalmente por muitas operações de empréstimos entre os clubes. Já as compras devem ser feitas com pagamentos parcelados e dentro do mercado doméstico. Assim, os gigantes da Europa não devem desfalcar tanto os clubes brasileiros, como em temporadas anteriores.

"Os clubes compradores estão atentos a esse contexto e utilizando modalidades de pagamentos parcelados feitos a partir de financiamentos com bancos e investidores", contou ao Estadão a advogada inglesa Liz Soutter, especialista na área financeira do direito esportivo do escritório Effori Sports Law. Sócio do mesmo escritório, o advogado Nilo Effori avaliou que o mercado europeu continuará com postura cautelosa para fazer negociações ainda pelos próximos anos. "Ninguém quer contratar um jogador caro. A quantidade de empréstimos gratuitos entre as equipes aumentou muito", disse.

Apesar de a pandemia já ser uma realidade no futebol europeu desde março de 2020, a janela atual vai mostrar evidências diferentes das apresentadas em julho, durante o verão no velho continente. No meio do ano passado, boa parte das transferências havia sido encaminhada antes do início da covid-19 e foi sacramentada em um contexto de otimismo pelo retorno do calendário.

Agora, em meio ao aumento de casos, à descoberta de uma nova cepa do vírus e ao Brexit, o comportamento deve ser outro. Segundo o jornal inglês The Independent, os times locais devem movimentar neste mês de janeiro bem menos do que os R$ 3 bilhões gastos no início de 2018, período em que mais se gastou com contratações no país na janela de inverno.

Porém, ao mesmo tempo em que a pandemia tirou recursos, acelerou a necessidade por mudanças. O calendário mais apertado de jogos prejudicou bastante o atual campeão inglês, o Liverpool. O time do técnico Jürgen Klopp tem sofrido com desfalques seguidos na defesa, em especial as baixas com Van Dijk, Gómez e Matip. Por isso, uma possível saída será contratar o francês Dayot Upamecano, destaque do Red Bull Leipzig, da Alemanha, em negociação avaliada em R$ 280 milhões.

Ainda na Inglaterra, a expectativa é pela saída do alemão Ozil, do Arsenal, e do francês Pogba, do Manchester United. A tendência é de que o início da janela tenha como grandes atrações as negociações domésticas. O meia Dele Alli, do Tottenham, e o volante Declan Rice, do West Ham, são os principais nomes envolvidos em especulações.

Outra atração desta janela é o atacante Diego Costa. O brasileiro naturalizado espanhol rescindiu com o Atlético de Madrid e está livre no mercado. Um possível destino é o Wolverhampton, da Inglaterra. A equipe também quer o sérvio Luka Jovic, do Real Madrid.

Embora com contrato em vigor, outra expectativa no mercado é saber o destino do astro norueguês Haaland. O atacante do Borussia Dortmund, da Alemanha, desperta o interesse do Barcelona e de outras equipes inglesas. As janelas na Espanha e na Itália só abrem na segunda-feira. Porém, todos os mercados vão fechar ao mesmo tempo, em 1.º de fevereiro.

Estadão
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