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Felipão

Em fala com "mídia amiga", Felipão pede apoio contra complô

30 jun 2014 - 20h11
(atualizado em 1/7/2014 às 00h35)
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<p>Luiz Felipe Scolari pegou os jornalistas de surpresa na Granja Comary por chamar um grupo pequeno para bate-papo no local</p>
Luiz Felipe Scolari pegou os jornalistas de surpresa na Granja Comary por chamar um grupo pequeno para bate-papo no local
Foto: Getty Images

O técnico Luiz Felipe Scolari pegou todos os jornalistas na Granja Comary de surpresa ao chamar um grupo de cinco profissionais que participam da cobertura para um papo informal, durante o treino da tarde da Seleção Brasileira. Ao lado do auxiliar técnico Flavio Murtosa e do coordenador técnico Carlos Alberto Parreira, ele se reuniu com os membros da mídia atrás do local onde os jogadores concedem entrevistas para todos os credenciados. 

Alguns funcionários do estande montado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fizeram uma espécie de barreira para que não se escutasse o teor da conversa, que contou com a participação de Juca Kfouri (Uol / Folha de S. Paulo / ESPN Brasil), Paulo Vinicius Coelho (Folha de S. Paulo / ESPN Brasil), Fernando Fernandes (TV Bandeirantes), Osvaldo Pascoal (Fox Sports / Rádio Globo) e Luiz Antonio Prósperi (O Estado de S. Paulo). Nos minutos finais, foi chamada a presença de um integrante do jornal O Globo, que acabou sendo representado por Carlos Eduardo Mansur. 

Psicólogo esportivo crítica emocional da Seleção Brasileira:

Indagado pelo Terra sobre qual o motivo do encontro restrito e qual o critério da escolha dos profissionais, a assessoria de imprensa do treinador disse que Felipão resolveu fazer um bate-papo com os jornalistas com os quais tem mais intimidade entre os que estão seguindo a Seleção Brasileira.

Mesmo sem ter acesso à reunião, a reportagem do Terra conseguiu algumas informações do que foi conversado no bate-papo. O treinador teria reclamado que a imprensa brasileira deu um destaque gigantesco para o pênalti marcado em cima de Fred e não critica com veemência o gol anulado e o pênalti sofrido por Hulk ou as simulações do holandês Robben na partida de oitavas de final contra o México

Não é a primeira vez que o comandante da Seleção comprou briga com a Holanda neste Mundial. Ele já tinha ficado irritado com a declaração do técnico Louis Van Gaal, insinuando que o Brasil teria sido colocado para jogar depois de Holanda e Chile no último jogo de fase de grupos para escolher o adversário das oitavas de final. Felipão chamou Van Gaal de burro ou mal intencionado. 

O treinador já deu a entender, recentemente, que alguns times rivais estão fazendo uma espécie de complô para jogar a arbitragem contra o Brasil, sugerindo favorecimento dos juízes para a equipe verde e amarela por ser a dona da casa. "Estava conversando com a comissão que estamos sendo muito cordiais, muito educados com os adversários. É hora de mudar o discurso. A gente não precisa ser apedrejado por treinadores e jornalistas estrangeiros. Vou voltar ao meu estilo. Certo? Não sei se você conhece o meu estilo", disse o treinador após a vitória contra o Chile a um jornalista estrangeiro.

Quando questionado sobre a postura dos jogadores em campo, emocionando-se facilmente como aconteceu com Thiago Silva e Júlio César na disputa por pênaltis, a comissão técnica confirmou no bate-papo informal que ainda tem que se resolver questões da parte emocional da equipe, principalmente pelo fato da pressão de disputar uma Copa do Mundo em solo nacional.

Felipão ouviu dos jornalistas que ele e Parreira não estão sabendo administrar a pressão e o favoritismo que eles mesmos pregaram no início da preparação, em Teresópolis. E que a imprensa brasileira só reproduz os fatos sobre a Seleção.

Com informações do Lancepress!

Fonte: Terra
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