Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Fred

Ex-país do ataque, Brasil sofre com Fred e vê futuro sombrio

Neymar é o único atacante brasileiro jogando em equipes de ponta do futebol europeu; arrumar um novo companheiro para o camisa 10 será tarefa inglória em novo ciclo

13 jul 2014 - 07h18
Compartilhar
Exibir comentários

A história do Brasil em Copas do Mundo sempre foi marcada por grandes atacantes. De Leônidas da Silva a Ronaldo, dificilmente a Seleção disputou um Mundial sem um artilheiro de respeito, que intimidasse os adversários. Porém, a atuação abaixo da crítica de Fred em cinco dos seis jogos que disputou evidenciou uma crise no setor que não é tão fácil de solucionar.

Durante todo o ciclo para a Copa de 2014 o Brasil dependeu demais de Neymar não só para construir jogadas, mas também para marcar gols. Tanto que no Mundial, mesmo ausente das últimas duas partidas, o camisa 10 encerrou como artilheiro do time com quatro gols.

Fred em números na Copa (Footstats)

Fundamento Desempenho
Gols 1
Assistências 0
Finalizações 4 certas e 5 erradas
Passes 59 certos e 22 errados (72,8%)
Posse de bola 2min34 (25 segundos por jogo)
Dribles 0
Perdas de  bola 19

Em péssima fase na Copa, Fred foi o jogador que mais se mostrou efetivo como companheiro de Neymar. Alexandre Pato, Luís Fabiano, o reserva Jô e outros testes ocasionais também falharam nesta missão. O resultado é que, com Fred muito abaixo do que rendeu na Copa das Confederações, o Brasil se despede da Copa com a segunda pior atuação de um “homem-gol” de sua história: foi apenas um gol.

Felipão ou o seu substituto terão como desafio imediato encontrar um camisa nove confiável ou adaptar um sistema de jogo para jogar sem. As opções para o setor são limitadas neste momento. Luís Fabiano não pode ser considerado nome para 2018. Alexandre Pato nunca se firmou e já perdeu duas Copas. Nomes como Walter, Alan Kardec ou Hernane seriam apenas apostas com risco considerável de dar errado.

A situação provoca um quadro inusitado: o Brasil no momento é mais valorizado por seus defensores do que por seus atacantes. O PSG, por exemplo, gastou R$ 320 milhões no espaço de um ano para compor a zaga da Seleção no time com David Luiz e Thiago Silva. Por outro lado, tirando Neymar, não há atacantes brasileiros nos clubes de ponta da Europa. Na Copa, seus companheiros foram Hulk, do Zenit, Fred, do Fluminense, Bernard, do Shakhtar Donetsk, e Jô, do Atlético-MG.

Mas, para muitos, o problema mais crítico da Seleção está na formação do jogador de meio-de-campo. Em coluna na Folha de S. Paulo, o ex-jogador Tostão se atentou ao fato de que se atuasse no Brasil o alemão Bastian Schweinsteiger provavelmente seria deslocado para um posicionamento ofensivo.

Entre os meio-campistas da Seleção Fernandinho é quem mais se aproxima deste estilo. Atuando em alto nível no Manchester City, o jogador ganhou a vaga de Paulinho durante a Copa, mas já tem 29 anos e é difícil prever se ele chegará a outro Mundial. Hernanes começou a carreira como volante, mas fez o caminho criticado por Tostão e hoje é escalado mais como meia.

A análise da derrota brasileira contra os alemães indicou que o Brasil perdeu o jogo ao deixar os rivais tomarem conta do meio-de-campo. Além de despovoado pela opção de Felipão em escalar Bernard, Luiz Gustavo, Oscar e o próprio Fernandinho sofreram para executar as funções básicas de um meio-campista completo.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade