Assassinato de jornalista, joias para Bolsonaro: conheça príncipe saudita novo patrão de Neymar
Mohammed bin Salman é dono do Al-Hilal, time do atacante brasileiro
Neymar fechou um contrato de duas temporadas com o Al-Hilal, um dos clubes recentemente adquiridos pelo fundo estatal de investimentos da Arábia Saudita, liderado pelo ditador Mohammed bin Salman.
Com 37 anos de idade, o príncipe herdeiro é alvo de várias acusações, incluindo a ordem de esquartejamento de um jornalista, intolerância religiosa e a imposição de um regime de segregação contra mulheres e homossexuais.
Mohammed bin Salman é o primeiro na linha de sucessão ao trono e assumiu como primeiro-ministro, após o rei do país se afastar devido à doença de Alzheimer. Anteriormente, Salman atuou como vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa.
De acordo com projeções de empresas financeiras, o patrimônio de Salman está avaliado em cerca de US$ 1,4 trilhão (aproximadamente R$ 5,8 trilhões).
Nos últimos anos, Bin Salman adquiriu várias propriedades. Em 2021, ele comprou um castelo localizado em Versalhes, na França, que é considerado uma das mansões mais caras do mundo. A compra foi feita por 230 milhões de libras, o que equivale a cerca de R$ 1,4 bilhão.
Contudo, a trajetória do príncipe é caracterizada por suspeitas de envolvimento em assassinatos e opressão contra minorias. Veja a seguir.
Assassinato de jornalista
Um relatório da Inteligência dos Estados Unidos sobre o assassinato de Jamal Khashoggi, divulgado em 2021, determinou que Mohammed bin Salman deu o aval para uma operação com o intuito de "capturar ou matar o jornalista".
Jamal desapareceu em 2 de outubro de 2018, após entrar no consulado saudita em Istambul. As autoridades sauditas afirmaram que ele foi morto em meio a um "confronto".
Caso das joias de Bolsonaro
Em 2021, o governo Bolsonaro atuou para tentar importar joias doadas pela Arábia Saudita. O caso, revelado pelo jornal Estadão, envolveu várias tentativas subsequentes de liberar os itens na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Os itens de luxo eram um presente oferecido pela Arábia Saudita, sob o comando do ditador Mohammed bin Salman.
Perseguição religiosa e preconceito contra mulheres
A Arábia Saudita é composta predominantemente por uma população islâmica. No entanto, a liberdade religiosa é restrita no país, e a conversão para o cristianismo é proibida por legislação.
A liberdade de expressão dos cristãos é restrita, chegando ao ponto de ser proibida mesmo no interior das residências, que são sujeitas a inspeções por parte das autoridades religiosas.
Além da perseguição religiosa, as mulheres na Arábia Saudita não têm autorização para sair de suas residências sem a companhia de um membro masculino de suas famílias, o que as coloca em situação de vulnerabilidade.