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Neymar

Neymar depõe e diz que assinava os documentos que o pai pedia

Jogador é alvo de acusação de corrupção e pode ser condenado a dois anos de prisão

18 out 2022 - 08h05
(atualizado às 13h36)
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Neymar prestou depoimento em tribunal em Barcelona, na Espanha
Neymar prestou depoimento em tribunal em Barcelona, na Espanha
Foto: Nacho Doce / Reuters

Neymar voltou a sentar no banco dos réus em um tribunal em Barcelona, na Espanha, nesta terça-feira. O atacante prestou depoimento no processo que investiga possíveis irregularidades na transferência do craque do Santos para o clube catalão em 2013.

"Meu pai sempre cuidou das negociações de contrato. Eu assino o que ele pede", afirmou Neymar durante depoimento.

A promotoria acusa Neymar de corrupção e pede dois anos de prisão  além do de multa de 10 milhões de euros (aproximadamente de R$ 51,8 milhões).

O depoimento do jogador estava marcado para a próxima sexta-feira, 21, mas foi antecipado a pedido da defesa por causa da agenda de jogos do PSG.

Entenda o caso

A empresa DIS, que possuia direitos econômicos de Neymar quando ele ainda jogava pelo Santos, alega que o valor real da transferência do craque do Santos para o Barcelona foi ocultado. Após a denúncia do fundo de investimentos, investigações foram realizadas na Espanha e no Brasil para apurar se valores devidos dessa transferência foram realmente escondidos.

Desde que tomou ciência da denúncia, a defesa de Neymar nega irregularidades, mas, em 2017, o Supremo Tribunal da Espanha rejeitou os recursos do jogador, de seus pais, da empresa da família 'N&N' e dos dois clubes, abrindo caminho para que o caso fosse a julgamento.

As denúncias à Justiça da Espanha feitas pelo Grupo DIS chegaram a ser arquivadas, mas o Tribunal Nacional de Justiça da Espanha ordenou ao juiz José de la Mata reabrir o chamado ‘caso Neymar’ para processar o atacante brasileiro e os demais envolvidos na suposta apropriação milionária.

O tribunal acatou o recurso da Receita contra a decisão de arquivamento e, na época, o Barcelona chegou a fazer um acordo com a promotoria, admitindo ter cometido dois crimes fiscais na contratação de Neymar, nos exercícios de 2011 e 2013, e se comprometendo a pagar multa de 5,5 milhões de euros.

Mesmo assim, a DIS sofreu uma derrota na decisão de primeira instância - o juiz considerou que, apesar de o contrato ter irregularidades, não havia elementos suficientes para configurar como crime.

Paulo Nasser, representante da empresa brasileira, não aceitou a derrota e informou que os representantes iriam recorrer da decisão. Com isso, hoje ocorreu a primeira etapa do julgamento que está previsto para ser realizado até dia 31 de outubro. O próximo depoimento de Neymar será na sexta-feira, 21.

Fonte: Redação Terra
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