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Neymar

Neymar reestreia no Al-Hilal após um ano fora e entra na mira para convocação da seleção brasileira

Atacante entrou no segundo tempo do duelo com o Al-Ain, pela Champions League da Ásia, após se recuperar de lesão no joelho

21 out 2024 - 11h44
(atualizado em 22/10/2024 às 14h07)
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Um ano e quatro dias desde que se lesionou em partida da seleção brasileira, Neymar entrou novamente em campo em uma partida oficial do Al-Hilal. O camisa 10 foi relacionado por Jorge Jesus para ajudar a equipe na segunda etapa do duelo com o Al-Ain, pela terceira rodada da Champions League da Ásia, quando seus companheiros já venciam por 5 a 3. Bruna Biancardi, sua namorada, e a filha Mavie acompanharam a partida no estádio Hazza bin Zayed.

A questão Neymar, desde que o treinador assumiu o comando do Brasil, em janeiro, dominou as entrevistas coletivas. Muito pela ausência do camisa 10 e a preocupação com sua recuperação física, mas também pela má fase que a seleção vive nas Eliminatórias. Foram duas vitórias na última Data Fifa, mas a eliminação precoce na Copa América nas quartas de final, diante do Uruguai, e o desempenho em campo preocupavam a CBF.

"Estamos tendo a percepção do quanto esse jogador (Neymar) é importante. Nos próximos anos, se Deus quiser, nós poderemos desfrutar de um dos grandes jogadores do futebol mundial em um momento que pode ser marcante na carreira dele e da nossa seleção", afirmou Dorival Júnior, em setembro. "Vamos aguardar, temos paciência. Não tem importância se volta outubro, novembro ou só em fevereiro. Tem de estar confiante, atuando e, principalmente, zerado da seleção. Demanda tempo e procedimentos naturais que são feitos."

O plano de Dorival e da CBF era aguardar a reestreia de Neymar para, então, debater seu retorno à seleção brasileira. Durante os últimos meses, Jorge Jesus chegou a afirmar que Neymar só retornaria a campo em 2025. Tanto que o Al-Hilal não o inscreveu para a disputa do Campeonato Saudita até dezembro, pelo limite de estrangeiros no elenco - o clube optou por manter o lateral Renan Lodi, já que ele teria condições de defender a equipe na primeira metade da temporada. Na Champions League da Ásia, no entanto, o camisa 10 pôde fazer sua estreia, por não haver essa restrição na competição.

Em 2023, quando havia sido recém contratado pelo clube saudita, o atacante foi convocado por Fernando Diniz para os duelos com Bolívia e Peru, pelas Eliminatórias. Ele entrou em campo, foi titular e se tornou o maior artilheiro da história da seleção brasileira, superando a marca de Pelé. No entanto, o episódio gerou um atrito com Jorge Jesus e o Al-Hilal. "Não sei porque está na convocação da seleção brasileira um jogador que está lesionado. Não vai jogar, porque não tem condições de jogar. Nem treinar, quanto mais de jogar", afirmou o treinador português à época.

Neymar se recuperava de lesão após deixar o Paris Saint-Germain. À época, a equipe médica da seleção brasileira negou que o atacante não teria condições de jogo. "O departamento médico da Seleção Brasileira Masculina de Futebol informa que vem monitorando há alguns dias as condições clínicas do jogador Neymar Jr. A comissão técnica está ciente da situação e tem mantido contato constante com o atleta, acompanhando a sua evolução", informou por meio de nota oficial.

As próximas partidas da seleção brasileira serão em novembro, contra Venezuela, dia 14, e Uruguai, dia 19, em Salvador. Uma convocação de Neymar vai depender da evolução do atacante nos treinamentos. Por não estar inscrito na Liga Saudita, ele só pode entrar em campo em mais uma oportunidade antes da próxima convocação de Dorival, em duelo com o Esteghlal, do Irã, pela Champions asiática.

Pelo Al-Hilal, desde que foi contratado, em 2023, Neymar disputou cinco partidas, com um gol marcado e duas assistências - sem contar o duelo desta segunda-feira. Já nesse período sem Neymar, a seleção sentiu sua ausência: foram três derrotas, seis vitórias e cinco empates - um aproveitamento de 58,9%. Esse será basicamente o "cartão de visitas" de Neymar à CBF para que Dorival decida pela sua convocação, já que a lista deve ser liberada no dia 1º de novembro.

Estadão
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