CBF e PM liberam público, mas Cruzeiro x Palmeiras deve ser sem torcida
Entidade e Polícia Militar liberaram os torcedores para estarem presentes no Mineirão nesta quarta, mas estádio deve seguir com portões fechados
Palmeiras e Cruzeiro se enfrentam nesta quarta-feira (4/12), às 21h30, no Mineirão, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. Contudo, mesmo faltando poucas horas para o evento, ainda não se sabe se teremos torcida no estádio. No momento, o embate vai acontecer sem público.
Nesta terça-feira (3/12), a CBF enviou um ofício para a Federação Mineira de Futebol, liberando as duas torcidas para estarem presentes no Mineirão. Contudo, diante do comunicado da Polícia Militar de Minas Gerais, de que não haveria tempo hábil para a montagem da operação de segurança, a entidade máxima do futebol nacional recuou e voltou a determinar que a partida tenha portões fechados.
Já na madruigada desta quarta-feira (4/12), a PM afirmou que sinalizou positivamente para a presença de torcidas no estádio. Contudo, o embate tem tudo para acontecer sem torcida.
De acordo com a Lei Geral do Esporte: "É direito do espectador que os ingressos para as partidas integrantes de competições em que compitam atletas profissionais sejam colocados à venda até 48 (quarenta e oito) horas antes do início da partida correspondente".
O Ministério Público de Minas Gerais pediu que o jogo acontecesse com torcida única, por conta da emboscada da Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras, contra a Máfia Azul, organizada do Cruzeiro. Contudo, a CBF foi contra a decisão e determinou que o embate teria adeptos dos dois clubes ou aconteceria de portões fechados.
Decisão da CBF desagrada Cruzeiro e Palmeiras
A decisão desagradou os dois clubes. O técnico do Cruzeiro, Fernando Diniz, e o atacante Barreal contestaram o Mineirão sem torcida. Já o Palmeiras também não ficou feliz com a atitude, mas disse que iria acatar o que a CBF decidiu.
A partida, aliás, é de suma importância para as duas equipes. Afinal, o Cruzeiro ainda briga por uma vaga na próxima edição da Libertadores. Já o Palmeiras precisa da vitória para seguir vivo na briga pelo título nacional.
Entenda o caso
No final de outubro, a principal torcida organizada do Palmeiras, Mancha Verde, armou uma emboscada contra um ônibus com cruzeirenses. A ação deixou mais de 20 pessoas feridas e uma pessoa morta.iante do incidente, O Ministério Público de Minas Gerais recomendou o banimento da torcida alviverde dentro do estado.
Já naquela época, o Ministério Público de Minas Gerais pediu para que a Polícia analisasse os riscos de ter torcida do Palmeiras no duelo contra o Cruzeiro, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. Contudo, o tema ganhou mais força após a final da Copa do Brasil.
Um grande incidente durante a final entre Atlético-MG e Flamengo na Arena MRV, chamou a atenção do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, que pediu que o duelo entre Cruzeiro e Palmeiras acontecesse com torcida única. O pedido foi enviado à Federação Mineira de Futebol e a CBF. Caso não fosse atendido, Simões disse que iria judicializar a questão. Imediatamente, o Verdão foi contra a decisão.
No último final de semana, a CBF determinou que a partida acontecesse de portões fechados. O Palmeiras acatou à decisão, mas cobrou as autoridades por não garantir a segurança de seus torcedores em Belo Horizonte. Já o Cruzeiro foi ao contrário e protestou sobre a medida.
O Governo de Minas Gerais entrou na discussão e buscou que a partida acontecesse com torcida única. Mais tarde, o Cruzeiro pressionou a justiça para que tivesse jogo com as duas torcidas, pedindo para garantir também o acesso dos palmeirenses no estádio. Contudo, o embate deve acontecer com portões fechados.
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