Deco minimiza ofensas a Tinga e não vê intenção de racismo
Mera provocação de torcida. Foi como Deco enxergou os sons de macaco que a torcida de Huancayo direcionou ao volante Tinga, na derrota por 2 a 1 do Cruzeiro para o Real Garcilaso (PER), quata-feira, pela Libertadores. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, o ex-jogador confessou duvidar que o objetivo dos peruanos fosse praticar racismo.
"É claro que toda manifestação racista deve ser punida e reclamada. Isso não se discute. Mas tenho dúvidas se foi isso mesmo que o torcedor peruano tentou fazer. Acredito mais que a intenção era fazer com que Tinga perdesse a concentração no jogo do Cruzeiro", afirmou Deco.
O episódio no Estádio Huancayo gerou grande repercussão em todo o mundo. A Fifa, a Conmebol, a presidente Dilma Rousseff, a CBF, jogadores e astros demonstraram solidariedade com Tinga. O Tribunal Disciplinar da Conmebol avalia o caso e deve decidir entre multa de R$ 7 mil até a exclusão do torneio, possibilidades previstas em regulamento.