Ex-dirigente do Cruzeiro acusa esquema de desvio de material esportivo no clube
Além de passar por uma situação delicada na Série B, o Cruzeiro vem enfrentando problemas fora de campo. Na última terça-feira, o ex-superintendente de relações institucionais e governamentais, Léo Portela, afirmou que existe um esquema de desvio de materiais esportivos dentro do clube.
Em entrevista ao canal Somos Gigantes, Léo apontou que estava participando de uma investigação do caso, da qual foi afastado posteriormente.
"Vi muita coisa errada e vou revelar em primeira mão algo que estava acontecendo. Eu estava participando da investigação de um esquema de escoamento de material esportivo, desvio de material esportivo dentro do Cruzeiro. Eu estava participando desta investigação junto com o Miltão da segurança. Nós conseguimos na investigação deste esquema chegar até o cabeça. Nós conseguimos traçar o passo a passo do escoamento do material esportivo, do prejuízo do Cruzeiro, da máfia que existe no sentido de comercialização de material esportivo dentro do clube", afirmou.
De acordo com o ex-dirigente, um dos possíveis responsáveis pelo esquema era o supervisor administrativo Benecy Queiroz.
"Tudo isso estava sob a minha responsabilidade. Quando nós encontramos ali um nexo causal que chegava às portas do Benecy, isso foi tirado de mim. Essa investigação foi tirada de minha responsabilidade. Posteriormente, o Milton saiu do clube. Isso me trouxe um descontentamento, uma revolta muito grande. Nós enxergamos claramente e com toda a materialidade possível um esquema pesado de desvio, de roubo, de material esportivo e chegava até a responsabilidade de Benecy. No mínimo, haveria a chamada 'culpa in vigilando', que é a culpa do Benecy por ele não ter vigiado da maneira correta algo que estava sob sua responsabilidade", explicou.
"Então, na hora que a gente pode esclarecer algo que estava no mínimo estranho, as pessoas responsáveis não participam mais da investigação? Que coisa estranha. Isso me trouxe um descontentamento muito grande"", concluiu.
Uma semana antes das acusações de Léo Portela, o jornal Superesportes já havia noticiado a existência de um grupo no Whatsapp, no qual um torcedor afirma que consegue pegar camisas do clube para vender abaixo do valor de mercado. O Cruzeiro ainda não se manifestou sobre o caso.