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Cuiabá x Botafogo: entenda papel da SAF na trajetória das duas equipes

Times se enfrentam nesta quarta (3), na Arena Pantanal, pelo Brasileirão

3 jul 2024 - 10h34
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Cuiabá e Botafogo se enfrentam nesta quarta-feira (3), na Arena Pantanal, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo marca o encontro de duas equipes da Série A que adotam o modelo empresarial de gestão, formato que tem se consolidado cada vez mais no Brasil. Só na primeira divisão, nove das 20 equipes são SAFs (Sociedade Anônima do Futebol).

Jogo entre Botafogo e Cuiabá, no Engenhão, pelo Brasileirão de 2023
Jogo entre Botafogo e Cuiabá, no Engenhão, pelo Brasileirão de 2023
Foto: Lance!

O Cuiabá detém o posto de primeira SAF do país e acumula frutos no âmbito econômico. Segundo balanço divulgado pelo clube no início deste ano, o Dourado teve receita bruta superior a R$ 168 milhões em 2023. Em comparação a 2022, esse valor representa um crescimento de 45%, recorde para o time do Centro-Oeste.

A família Dresch assumiu a gestão da agremiação em 2009. Segundo Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, a situação em que o clube se encontra está diretamente ligada aos mecanismos implementados, aos investimentos feitos e aos retornos obtidos pela SAF.

- O sucesso da gestão do Cuiabá é muito baseado na forma como o clube é administrado. O clube sempre foi uma empresa. Contamos com uma estrutura administrativa bem enxuta, com poucas pessoas. Temos conseguido alcançar boas receitas com televisão. Ano passado, por exemplo, a gente teve um incremento grande na nossa receita com a venda dos direitos de transmissão da Liga Forte União - afirma Cristiano.

Botafogo aumentou receita em 341%

Do outro lado, o Botafogo teve sua mudança no modelo de gestão em 2022. Naquele ano, o Glorioso adotou o modelo SAF quando John Textor adquiriu 90% das ações do clube por 52 milhões de libras (cerca de R$ 400 milhões). O investidor americano na época, por meio de seu grupo Eagle Football Holdings LLC, já possuía porcentagem no Crystal Palace, da Inglaterra, e no RWD Molenbeek, da Bélgica. Pouco tempo depois, Textor ainda se tornou sócio majoritário no Lyon, da França.

De lá para cá, o Alvinegro carioca, que esteve na segunda divisão do Campeonato Brasileiro em 2021, conseguiu se reerguer dentro e fora de campo. A equipe chegou em duas competições internacionais: a Sul-Americana, em 2023, e a Libertadores, neste ano. No Brasileirão do ano passado, o time brigou na parte de cima da tabela, se mantendo na primeira colocação por 31 rodadas.

No aspecto financeiro, o Botafogo tem lutado para pagar os seus débitos, em sua grande maioria acumulados antes da compra do clube. Segundo divulgado pelo CEO da SAF do Glorioso, Thairo Arruda, Textor assumiu o clube com um passivo (somatório das dívidas trabalhistas, cíveis e tributárias) de R$ 1,1 bilhão. A expectativa após dois anos deste modelo de gestão é de fechar o ano com a soma das dívidas em R$ 600 milhões, o que representa uma redução de cerca de 45% do valor inicial.

Ainda segundo o CEO, a receita do Alvinegro saiu de R$ 120 milhões para R$ 530 milhões ao longo deste período, o que representa um aumento expressivo de 341%, em apenas dois anos de trabalho.

Lance!
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