Dirigente uruguaio diz que Brasil comete 'xenofobia' e que clubes estudam não ir jogar no país
'Aqui, quando há racismo, tem multas, processos. E quando há agressões lá, nada', alegou Ignácio Alonso
O presidente da Federação Uruguaia de Futebol, Ignácio Alonso, reclamou à Conmebol sobre xenofobia e abusos de autoridade no Brasil contra clubes estrangeiros. Paralelamente, Leila Pereira sugeriu que clubes brasileiros deixem de participar da Libertadores devido a insultos racistas.
O presidente da Federação Uruguaia de Futebol, Ignácio Alonso, fez uma reclamação à Conmebol alegando que clubes do Uruguai, Paraguai e Argentina sofrem 'xenofobia' quando vão jogar no Brasil. Além disso, o dirigente afirmou que a polícia e as 'organizações' brasileiras cometem abusos de autoridade contra os estrangeiros.
Em declaração à rádio uruguaia Carve Deportiva, Ignácio sugeriu que os clubes não irem jogar no Brasil.
"Os times estão se mexendo, falando entre si, alguns querem tomar decisões de não irem ao Brasil ou recomendar de não ir ao Brasil. Temos que falar de outra maneira, entre os governos, que eles tomem cartas no assunto. Ao Racing passou o mesmo, com Botafogo. Não pode ser isso, se agredir o estrangeiro por futebol e não acontecer nada. Aqui, quando há racismo, tem multas, processos. E quando passa isso lá (agressões), nada", alegou.
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Nas últimas semanas, o atacante Luighi, do Palmeiras, foi alvo de insultos racistas por torcedores do Cerro Porteño em partida da Libertadores Sub-20. Na ocasião, Leila Pereira sugeriu que os clubes brasileiros deixem de participar da Libertadores, caso nenhuma medida mais enérgica seja tomada pela entidade. Em protesto, Leila não compareceu ao sorteio da fase de grupos do torneio deste ano, na última segunda-feira, 17.
Durante o evento, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, deu uma declaração polêmica. 'Seria como o Tarzan sem a Chita', ao responder sobre a Libertadores sem a presença de clubes brasileiros.
Chita foi uma personagem de macaco na série Tarzan. Em nota, Dominguez pediu desculpas pelas palavras e afirmou não ter a intenção de 'desqualificar ninguém'.
