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Elisa Mirow e Carina Seixas são as únicas mulheres no comando do barco da 71ª Regata Santos-Rio

'Vela sempre foi um esporte considerado muito masculino, mas estamos aqui para mostrar que isso não é uma regra', declarou a velejadora

21 out 2021 - 21h58
(atualizado em 22/10/2021 às 17h28)
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A 71ª Regata Santos-Rio tem inicio nesta sexta-feira, dia 22. E Elisa Mirow não será mais a única mulher a comandar seu barco na prova, como fez em temporadas passadas abrindo caminho numa modalidade, a vela, liderada por homens. A velejadora, que foi a única competidora feminina na edição anterior, a liderar uma tripulação na prova, desta vez terá a companhia de Carina Seixas.

Em 2020, Elisa foi a única capitã e competiu sozinha no meio de quase 70 embarcações lideradas por homens. "Sempre existiu mulheres dentro da competição, mas eu fui a primeira mulher a comandar o meu próprio barco. Vela sempre foi um esporte considerado muito masculino, mas estamos aqui para mostrar que isso não é uma regra", explicou em comunicado oficial.

Elisa Mirow e Carina Seixas são as únicas mulheres a participar da 71ª Regata Santos-Rio.
Elisa Mirow e Carina Seixas são as únicas mulheres a participar da 71ª Regata Santos-Rio.
Foto: Calu Blyth/Divulgação / Estadão

Nesta edição, são apenas 20 comandantes competidores, entre eles as duas mulheres: Elisa e Carina. Elas e seus adversários terão de percorrer a distância entre os municípios de Santos e Rio de Janeiro. São cerca de 300km. Essa é uma das provas mais tradicionais da Vela no Brasil, que já reuniu nomes como Torben e Lars Grael, além de Maurício Santa Cruz, o Santinha, que tem experiência olímpica em Sidney-2000 e Atenas-2004.

"Fiquei muito feliz com a participação da Elisa na edição passada. Em uma competição tão tradicional no esporte, é estranho termos tão poucas mulheres a frente de embarcações e comandando. Aqui no Veleiro Criloa, além de ser comando por uma mulher, a tripulação é 100% feminina", declarou Carina também em comunicado.

Quem se emocionou com a medalha de ouro de Martine Grael e Kahena Kunze em Tóquio sabe que hoje a vela feminina está entre os esportes com maior sucesso recente para o país nos Jogos Olímpicos. Mas a força da mulher na modalidade vai muito além desta conquista. Elisa é primeira capitã a liderar uma embarcação em uma das mais tradicionais competições do País. Com uma trajetória familiar bastante ligada ao esporte, ela leva sua liderança e paixão pelas águas para os filhos e para outras atletas mulheres, que veem em Elisa uma inspiração para assumirem o comando de seus barcos e guiar suas tripulações para o pódio na edição 2021 da prova.

A largada da prova será realizada na Baía de Santos, com a chegada na Ilha da Laje, na Baía de Guanabara, no Rio. Os competidores percorrem uma distância aproximada de 220 milhas náuticas, a prova pode durar até três dias. Com organização do Iate Clube de Santos e do Iate Clube do Rio de Janeiro, chancela e apoio da ABVO, Associação Brasileira de Veleiros de Oceano, a competição é uma das mais desgastantes do território nacional, uma espécie de maratona da Vela, que pode durar até 96 horas com os participantes em alto mar.

Estadão
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