Erro de diagnóstico levou à morte de Astori, diz tribunal
Médico foi condenado a um ano de prisão por homicídio culposo
Um erro de diagnóstico impediu a detecção da doença que provocou a morte do zagueiro italiano Davide Astori, 31 anos, capitão da Fiorentina vítima de um ataque cardíaco em 4 de março de 2018.
É o que diz a motivação da sentença do Tribunal de Florença contra o médico Giorgio Galanti, condenado em maio passado a um ano de prisão por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), mas com pena suspensa.
O documento foi divulgado nesta quinta-feira (5) e diz que, com sua conduta, o réu "impediu a detecção da doença, tendo omitido o primeiro ato" que teria levado a um diagnóstico capaz de salvar a vida de Astori.
Galanti foi o último médico a assinar um atestado que autorizava o zagueiro a continuar jogando, em 10 de julho de 2017. O atleta, no entanto, foi encontrado morto em um quarto de hotel em 4 de março de 2018, antes de uma partida contra a Udinese pela Série A.
A autópsia constatou que Astori morreu de parada cardiorrespiratória causada por uma cardiomiopatia arritmogênica. No entanto, ao avaliar o jogador, Galanti não havia pedido mais exames após a recorrente detecção de uma extrassístole ventricular nos testes anuais do capitão da Fiorentina.
Esse tipo de contração nos ventrículos seria um sinal de cardiomiopatia arritmogênica. "Um diagnóstico correto teria levado à instalação de um desfibrilador, e isso teria evitado a morte do jogador", diz a sentença.