Atleta paralímpico fala da ajuda de suas mães na luta contra o câncer
"Considero que eu tenho duas mães, minha mãe biológica e minha avó. Quando eu estava em São Paulo para o meu tratamento, eu estava dando muito trabalho porque eu não queria passar por aquilo. Mesmo assim, a minha avó sempre esteve lá comigo, chorando e rezando por mim. Da mesma forma, minha mãe sempre esteve presente. Mesmo sabendo que eu não queria fazer o tratamento, minha mãe, por amor, encontrou uma forma de me por a fazer o que era certo, de lutar pela minha vida. Ela me fez assinar um documento que supostamente era de dispensa do tratamento, mas na verdade era a autorização para a internação. Eu fui internado à força (risos). Minha mãe disse que essa foi uma das decisões mais difíceis da vida dela, porque ela achou que eu jamais a iria perdoar."
João diz que, com o tempo, não apenas perdoou suas mães, como também lhes deu razão. Sendo assim, este domingo tem um significado ainda maior para o paratleta: "Mães às vezes tem aquela linha dura, rígida, mas tudo que ela fez ou tentou fazer foi para o meu bem. A gente passa por alguns momentos de questionar a autoridade e bater de frente, mas no final a gente compreende que era tudo por amor".