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Esportes Aquáticos

Diretor minimiza suspensão do Ladetec, mas admite: "são muitas razões"

13 ago 2013 - 16h22
(atualizado às 16h27)
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Vice-diretor da Agência Mundial Antidoping, David Howman minimizou nesta segunda-feira, em evento no Parc Jean-Drapeau, em Montreal, a suspensão que a entidade impôs ao Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico, o Ladetec, até então o único credenciado a fazer exames antidoping no País. O dirigente aguarda um relatório sobre o caso, mas adiantou que são muitas as razões da decisão.

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André Brasil fechou a participação brasileira na noite desta segunda-feira, dominando do início ao fim os 100 m livre S10 para ficar com o ouro
Foto: Washington Alves / Mpix / CPB / Divulgação

“Os motivos da suspensão vão sair em um relatório em alguns dias, nas próximas duas semanas. São Muitas razões. Nosso comitê executivo vai fazer as avaliações necessárias e então, depois disso, daremos os motivos”, afirmou Howman, após evento que reuniu o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Phillip Craven, e atletas paralímpicos contra o doping no esporte.

A suspensão do Ladetec foi anunciada pelo Wada na última sexta-feira, com possibilidade de apelação nos 21 dias seguintes à decisão. A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, órgão criado em dezembro de 2012, já agiu na tentativa de corrigir os erros. Com a preparação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, o governo passou a investir pesado no laboratório: em 2011 e 2012 foram aplicados R$ 18 milhões, incluindo a construção de uma nova sede.

Os problemas do Ladetec, no entanto, não se resumem a questões técnicas. Em 31 de julho, o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou que há indícios de sobrepreço nas obras: uma análise constatou inadequação do orçamento e contrato. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da qual o laboratório faz parte do Instituto de Química, foi notificada. O Ladetec já havia sido suspenso parcialmente pela Wada em janeiro de 2012.

“O que fizemos foi dizer: isso não está sendo feito do jeito que deveria ser. (O Ladetec) não é o primeiro do mundo a receber uma suspensão. Um na Tunísia e um na Malásia, todos passaram por esse processo. Alguns conseguiram de volta a permissão. É isso que vamos incentivar que aconteça no Brasil”, apontou David Howman.

A Fifa já anunciou que considera utilizar laboratórios fora do Brasil para realizar os testes para a Copa do Mundo de 2014. Na Copa das Confederações, os exames foram divididos entre o Ladetec, que analisou amostras de urina, e o Lad, de Lausanne, na Suíça, que ficou com as amostras de sangue. Para 2016, o objetivo anunciado pelo Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem é quebrar recorde de amostras com 6 mil exames realizados. “Temos tempo para reverter essa situação”, disse Howman, sem polemizar a suspensão.

O reporter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro

Fonte: Terra
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