Projeto de lei prevê fundos para a Copa de 2026 apenas após igualdade salarial
O financiamento do governo dos Estados Unidos para a Copa do Mundo de 2026 só poderá ser liberado até que a federação de futebol do país ofereça a mesma remuneração para as equipes femininas e masculinas, segundo um projeto de lei apresentado na última terça-feira pelo senador americano Joe Manchin.
No entanto, o Senado e a Câmara de Representantes teriam que votar a favor da medida, e o presidente Donald Trump, que já trocou farpas pelas redes sociais com a estrela da seleção feminina Megan Rapinoe, teria que aprovar o projeto de lei para que este entre em vigor.
O democrata do Estado da Virgínia Ocidental apresentou o documento aos legisladores americanos dois dias depois de a seleção feminina americana ter conquistado a Copa do Mundo da França ao vencer a Holanda por 2 a 0 na final. Após a conquista, a torcida presente no estádio ecoou o grito de "igualdade salarial".
"Não se pode designar nem colocar à disposição fundos federais para apoiar a Copa de 2026, incluindo o apoio para uma cidade anfitriã, uma agência estatal ou local participante (…) até que a federação de futebol dos Estados Unidos aceite proporcionar pagamento igual para as equipes nacionais feminina e masculina", prevê o projeto de lei.
A seleção campeã já havia apresentado uma denúncia contra a US Soccer em março, exigindo remuneração e apoio iguais aos dados à equipe masculina, que historicamente acumula resultados esportivos inferiores. "Isso é errado", criticou Manchin. "A clara e inequívoca desigualdade salarial entre as equipes de futebol masculina e feminina dos Estados Unidos é inaceitável".
Os Estados Unidos irão sediar a Copa do Mundo masculina de 2026 junto dos vizinhos México e Canadá. Enquanto a seleção feminina ganha mais fãs, a masculina foi derrotada pelos mexicanos em casa na final da Copa Ouro, somando outra decepção após não ter conseguido se classificar para a Copa do Mundo da Rússia em 2018.