Exame de DNA de mulher que afirma ser filha de Pelé dá negativo; família aguarda contraprova
A mulher - identificada como Maria do Socorro Azevedo - move uma ação de paternidade contra o Rei do Futebol
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O primeiro exame de DNA da mulher que alega ser filha de Pelé, o 'Rei do Futebol', teve resultado negativo, conforme informações obtidas pelo Estadão. A mulher, identificada como Maria do Socorro Azevedo, move uma ação de paternidade contra o ex-jogador, que faleceu em 29 de dezembro de 2022 em decorrência de um câncer no cólon.
A família de Pelé aguarda agora o resultado da contraprova para dar sequência ao processo de inventário do ícone do futebol brasileiro.
Antes mesmo de debater a partilha dos bens, os filhos concordaram em realizar os exames laboratoriais. Atualmente, o procedimento está sendo conduzido em uma clínica particular em São Paulo.
Pelé, que estava respondendo judicialmente à ação de paternidade movida por Maria do Socorro Azevedo, não recorreu e expressou sua intenção de realizar o teste de DNA. No entanto, o exame não foi realizado devido ao seu falecimento. Em seu testamento, Pelé mencionou a possibilidade de ter outra filha.
Nesta quarta-feira, 20, a AFP divulgou que Edinho, filho de Pelé, confirmou o resultado negativo do exame de DNA. O Estadão confirmou essa informação e apurou que a contraprova será apresentada à Justiça em meados de janeiro. Sobre o caso, Edinho afirmou: “Já fizemos os testes e foi confirmado que ela não é nossa irmã. Nós e ela fizemos em laboratório e foi confirmado que não há relação”.
O processo de inventário de Pelé, até o momento, tem transcorrido sem maiores conflitos entre as partes envolvidas. Tanto a viúva, Marcia Aoki, quanto os seis filhos do Rei concordaram com os termos estabelecidos por ele no testamento. Recentemente, a Justiça de São Paulo determinou o cumprimento do documento, conforme decisão da juíza Andrea Roman, da 2ª Vara de Família e Sucessões.
De acordo com o jornal, após esse exame de DNA, o próximo passo será a conclusão do levantamento dos bens de Pelé para finalizar o inventário. Estima-se que a fortuna deixada pelo Rei do Futebol seja de R$ 78 milhões.
Edinho foi designado inventariante com o consentimento dos irmãos, após Marcia Aoki abrir mão da função, e ele justificar estar mais familiarizado com os negócios da família. Em setembro, a família concordou também com a inclusão de Gemima, enteada de Pelé, entre os herdeiros.
No testamento assinado em 2020, Pelé destinou 30% de seus bens para Marcia, 60% para serem divididos entre os seis filhos e a enteada, e 10% para dois netos, filhos de Sandra Regina, falecida em 2006 e nunca reconhecida por Pelé como sua filha. Se Maria do Socorro for reconhecida como herdeira legítima, ela terá parte na divisão dos 60% destinados aos filhos.
O casamento de Pelé com Marcia ocorreu em 2016, quando o Rei já tinha 75 anos. De acordo com o Código Civil brasileiro, pessoas com mais de 70 anos devem se casar com separação de bens. A viúva conheceu Pelé enquanto estudava administração em Nova York nos anos 1980, sendo natural de Penápolis, interior de São Paulo.
Pelé teve dois casamentos antes de Marcia: com Rosimeri Cholbi e com a cantora gospel Assíria Nascimento. Edinho, Jennifer e Kely são filhos de Pelé com Rosemeri, enquanto Celeste e Joshua são gêmeos frutos do relacionamento com Assíria.
Sandra, falecida em 2006, foi filha de uma relação rápida que Pelé teve em 1966 com Anísia Machado. O reconhecimento da paternidade ocorreu anos depois por meio de exame de DNA. Flávia Cristina é filha de Lenita Kurtz, que teve um relacionamento com Pelé em 1969. *Com informações do Estadão Conteúdo
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